Faesc apóia 3° Grito do Produtor de Arroz
O movimento denominado 3° Grito do Produtor de Arroz quer sensibilizar as autoridades sobre a queda excessiva do preço do arroz que vem descapitalizando de forma desesperadora o setor orizícola.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) estará representada na comissão que os produtores de arroz da região sul do Estado levarão à Florianópolis nesta sexta-feira, 15, para negociar com o superintendente do Banco do Brasil o adiamento para novembro do pagamento das dívidas de custeio da safra 2007 que já começaram a vencer. A comissão é composta ainda por presidentes de Sindicatos Rurais e representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de SC (Fetaesc).
O movimento denominado 3° Grito do Produtor de Arroz quer sensibilizar as autoridades sobre a queda excessiva do preço do arroz que vem descapitalizando de forma desesperadora o setor orizícola.
– Se essa situação persistir nossos rizicultores vão decretar falência – declara o presidente do Sindicato Rural de Turvo, Vilmar José da Silva.
Santa Catarina representa 9% da produção de arroz do Brasil. A produção é oriunda de pequenas propriedades que utilizam mão-de-obra familiar. São aproximadamente 13.000 famílias que cultivam em torno de 145.000 hectares.
As reivindicações incluem a imediata prorrogação de todas as dívidas agrícolas de investimentos vencidos e vincendos, bem como os 50% do custeio negociado na safra 2005/2006, juntamente com a redução de juros para 3% ao ano com dois anos de carência e 15 anos para pagar. Revisão de juros dos últimos 3 anos tendo como base juros de 3% ao ano, em virtude de que o preço praticado pelo mercado foi abaixo do mínimo.
Os produtores querem que a data de vencimento dos custeios da safra 2006/2007 coincidam com o pagamento dos contratos de opção e que os bancos não se utilizem do dinheiro de cheque especial ou de outros instrumentos de crédito com juros acima do praticado nas operações de custeio.
Outro pedido que compõe o documento é o reajuste do preço mínimo do arroz a patamares superiores ao custo de produção, a liberação da importação de insumos agrícolas já que os nacionais são muito caros e tiveram um acréscimo de 30% neste ano, isenção de tributação do ICMS para a produção e comercialização da atividade agrícola e alternativas para o agricultor que eventualmente tenha frustração de safra, ou problemas com a comercialização, que ele possa negociar suas dívidas, junto às entidades de crédito.