Preço baixo do arroz não cobre custos

O quilo do arroz pode ser adquirido nas prateleiras por cerca de R$ 1,00 dependendo da variedade e da classificação.

O preço do quilo do arroz é visto com bons olhos pelo consumidor catarinense. O custo médio no varejo do pacote de cinco quilos do produto é de R$ 5 para um produto de boa qualidade. O quilo do arroz pode ser adquirido nas prateleiras por cerca de R$ 1 dependendo da variedade e da classificação.

Em contrapartida, os rizicultores do Vale do Itapocu reclamam que enfrentam uma das piores crises dos últimos 20 anos. Apesar da boa colheita no Estado, ajudada pela produtividade em torno de sete mil quilos por hectare, o preço da saca de 50 quilos não é suficiente para cobrir os custos de produção. O prejuízo é sentido pelas indústrias, que não conseguem aumento do preço no mercado.

– Há competição entre as indústrias, muita produção e pouca venda. Ganha só o consumidor – explica o pesquisador da Epagri de Itajaí, Richard Bach.

Maioria dos agricultores teve prejuízo nas lavouras
Em Guaramirim, a produção desse ano totalizou 1.147 sacas de arroz. A cidade reúne atualmente 512 rizicultores. Mais de 80% tiveram que vender por menos de R$ 21 a saca, já que não há lugar adequado para estocar e esperar pelo aumento do preço.

– A maioria vende pelo preço baixo. É a pior crise que já vi nos últimos tempos – comenta o secretário da Agricultura do município, Sidnei Sílvio Sinard.

Em Massaranduba, a situação também não é das melhores. A expectativa é que o preço aumente no segundo semestre. As últimas três safras amargaram prejuízos.

Se continuar assim, muitos vão abandonar a rizicultura. O problema é que o governo tenta manter um preço baixo ao consumidor, mas esquece da situação caótica dos produtores – queixa-se o secretário de Agricultura de Massaranduba, Amantino Dall Agnol.

Em Jaraguá do Sul, produtores reclama que fecharam esta última safra sem uma margem de lucro.

Ou seja, não contabilizam prejuízos, mas por outro lado comercializaram a produção com a certeza de que nada ganharam pelo trabalho de toda uma safra.

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