Arrozeiros comemoram o bom momento do setor
Conforme o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a cotação chegou a R$ 23,60, em média, nessa quinta-feira (16).
A recuperação da cotação do arroz nas últimas semanas trouxe um pouco de esperança aos produtores gaúchos. Após três safras amargurando prejuízos, os arrozeiros estão comercializando o produto por valores acima do preço mínimo, o que não ocorria há quase um ano. Conforme o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a cotação chegou a R$ 23,60, em média, nessa quinta-feira (16).
Para o diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) Rubens Silveira, a recuperação nesta safra está acontecendo de maneira gradual e sólida.
– Ao contrário das últimas safras o mercado se consolidou com o quadro de oferta e demanda ajustado – afirma.
O produtor André Almeida, de Santa Vitória do Palmar, acredita que para recuperar o prejuízo dos anos anteriores seriam necessárias mais três safras.
– Hoje estamos comercializando a saca por cerca de R$ 23,50 no município, mas temos esperanças que o valor irá subir – afirma.
O cenário é diferente no litoral norte gaúcho. Variedades consideradas tops como a IRGA 417 são comercializadas entre R$ 27,50 e R$ 28. Para o produtor de Santo Antônio da Patrulha, Luiz Carlos Machado, a reação está ligada à disponibilidade de recursos pelos bancos.
A recuperação dos preços não deve atingir com intensidade o consumidor. De acordo com Associação Gaúcha de Supermercadistas (Agas), no período entre julho de 2006 e julho de 2007, o preço de comercialização final subiu cerca de 10% enquanto o preço pago aos produtores caiu 0,51%.
Com esse quadro, há margens para o aumento da cotação do produto sem atingir o consumidor, já que a cotação do arroz caiu e, mesmo assim, o quilo do arroz subiu no varejo entre os meses de julho de 2006 e julho de 2007.
– A tendência é a diminuição das promoções nos supermercados, mas sem uma grande variação – explica Silveira.