As expectativas para a rizicultura
esmo com a perspectiva de aumento na cotação da saca de arroz, o custo elevado do óleo diesel para o trabalho das máquinas nas lavouras e o aumento de 10% no preço dos fertilizantes e herbicidas não vão permitir ganhos na rentabilidade.
Os rizicultores do Vale da Araranguá esperam cultivar na safra 2007/2008 área semelhante a que foi plantada na safra passada. Mesmo com a perspectiva de aumento na cotação da saca de arroz, o custo elevado do óleo diesel para o trabalho das máquinas nas lavouras e o aumento de 10% no preço dos fertilizantes e herbicidas não vão permitir ganhos na rentabilidade.
De acordo com dados da Epagri, a região do Vale de Araranguá possui em torno de 48 mil hectares de área em plantação. Turvo e Meleiro, acompanhados de Forquilhinha, na Amrec, são os principais produtores de arroz irrigado na região. A estimativa é de que o valor bruto da produção de arroz chegue a R$ 178 milhões na Amesc.
– Isso é o volume de dinheiro que se movimenta somente a partir da produção, que depois agrega valores saindo da propriedade para os engenhos e empresas. Também há a parte do comércio de máquinas. Nesta safra não haverá plantio nas áreas às margens dos rios, onde os agricultores forçavam a barra em épocas que o arroz era o atrativo do cultivo. Por isso se manterá a mesma área normal de plantada – diz o engenheiro agrônomo, extencionista da Epagri de Araranguá, Rene Kleveston.
Cotação em torno de R$ 25
Para esta safra, a saca deve ficar em torno de R$ 25. No ano passado, os produtores chegaram a receber R$ 16 a saca.
– Há três anos a saca era vendida a R$ 35,00, em média. Os consultores de mercado dão previsão que o valor de R$ 24 e R$ 25 se mantenha nesta próxima safra. Assim o agricultor tem condições de se preparar melhor. O preço melhorou, mas a situação é de normalidade e não de otimismo. Com aumento no custo de óleo diesel, herbicidas e fertilizantes, a rentabilidade fica praticamente no mesmo patamar do ano passado. A produção pode cair algo em torno de 5% – diz Kleveston.
Hora de preparar a lavoura
Depois do mês de maio, período de repouso, e julho, chega a hora do preparo básico do solo para plantação da nova safra 2007/2008, com o intuito de incorporar o resto do cultivo da safra anterior. Neste mês de agosto até setembro os agricultores preparam o solo, iniciando a irrigação. Essa fase tem como objetivo a semeadura e controle da erva daninha.
– Já está ocorrendo o fenômeno climático chamado La Niña, que deixa as temperaturas mais baixas e com menos chuvas, mal distribuídas. Isso traz prejuízos em termos de irrigação. Para os agricultores o conselho é não realizar a plantação em um só período, mas dividir em dois – diz o agrônomo.