Cadeia produtiva do arroz no MT busca convergência em evento de Sorriso

Foi instalada no evento a Comissão Técnica do Arroz MT/RO, composta por um colegiado com diferentes integrantes do setor produtivo e que buscará a sustentabilidade do agronegócio do arroz.

Técnicos de instituições de pesquisa e da extensão rural pública estiverem reunidos hoje (13/09) na cidade Sorriso (MT) com representantes das indústrias de alimentos, de sindicatos rurais e de autoridades políticas regionais para discutir o arroz de terras altas. Denominada 1ª Reunião da Comissão Técnica do Arroz – Regional Mato Grosso/Rondônia, a iniciativa foi um esforço conjunto entre os diversos elos do segmento produtivo para o fortalecimento da cultura.

De acordo com um dos coordenadores do encontro, o pesquisador da Embrapa, Pedro Machado, foi instaurada no evento a Comissão Técnica do Arroz MT/RO, composta por um colegiado com diferentes integrantes do setor produtivo e que buscará a sustentabilidade do agronegócio do arroz. Conforme Pedro Machado, está prevista a elaboração de documentos norteadores para atuação da Comissão no que se refere ao desenvolvimento de cultivares, ao manejo da cultura e ao desenvolvimento da cadeia produtiva.

Em relação ao primeiro tema, embora existam mais de 10 cultivares lançadas pela Embrapa e Empaer-MT para o Mato Grosso, há carência por materiais para plantio e problemas de comercialização com a variedade mais plantada no momento. Isso resulta em dois tipos de situação, ou aviltam-se os preços pagos pela indústria aos agricultores, ou há recusa da matéria-prima por falta de qualidade do produto para o empacotamento.

No que tange ao manejo da cultura, pesquisa, extensão rural e agricultores estão tentando aprimorar o processo de transferência de tecnologia. O diretor de Pesquisa da Empaer-MT, Antonimar Marinho dos Santos, argumentou que há uma série de dificuldades para levar a informação até o homem do campo. Nesse sentido, uma das ações é a elaboração de um documento, o qual se encontra em fase de finalização com as recomendações técnicas atualizadas sobre o cultivo.

Já no que diz respeito ao desenvolvimento da cadeia produtiva, foi debatido e deverá ser consolidado em breve um outro documento com propostas para facilitar o acesso do agricultor a linhas de financiamento e com sugestões para a elaboração de políticas destinadas ao setor produtivo. Essa atividade está a cargo de representantes do Banco do Brasil, da Secretaria de Indústria, Comércio Minas e Energia (SICME), do Sindicato Rural de Sorriso e do Sindicato das Indústrias de Alimentação do Mato Grosso (SIAMT).

Sobre o assunto, o presidente do SIAMT, Marco Lorga, fez uma rápida avaliação.

– Os nossos pontos de debate neste evento são convergentes. Nossa expectativa é que a pesquisa produza os resultados que nosso consumidor está desejando; que a extensão rural se comprometa mais em estar junto ao produtor e junto da pesquisa; e que o produtor e a indústria andem juntos também, pois, quando o produtor é bem remunerado, a indústria também e bem remunerada.

Nesta sexta-feira as atividades da cadeia produtiva do arroz no Mato Grosso continuam com o 1º Seminário do Cultivo de Arroz em Terras Altas. São parceiras nessa atividade a Empaer-MT, o SIAMT e a Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO), a Embrapa Rondônia (Porto Velho/RO) e a Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília/DF), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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