Produtor de arroz deve ter atenção com a bicheira-da-raiz

O ataque da praga acontece com a elevação da temperatura e a irrigação da lavoura.

A bicheira-da-raiz é a praga com maior ocorrência nas lavouras de arroz do Estado. Na última safra, ela atacou cerca de 65% das lavouras gaúchas e pode ocasionar perdas médias de 10% na produtividade da área cultivada. Conforme o pesquisador do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Jaime Oliveira, a bicheira impede que a planta absorva os nutrientes do solo, pois causa um corte na raiz.

O ataque da praga acontece com a elevação da temperatura e a irrigação da área. Cerca de 15 dias após o início da irrigação surgem as primeiras larvas da bicheira. Oliveira explica que os principais sintomas são plantas com estatura reduzida, folhas amareladas e com as pontas secas, sendo facilmente arrancadas.

Como o inseto adulto pode estar dentro ou fora da lavoura, o pesquisador recomenda, quando da dessecação, que não se adicione inseticidas piretróides para eliminar o inseto. “Essa medida causa danos ambientais”, esclarece. Segundo ele, os arrozeiros devem pulverizar a lavoura para o controle do adulto da bicheira, tratar as sementes ou realizar o controle da larva. Mesmo se não houve ocorrência nas últimas safras, os produtores devem ficar atentos e coletar 30 amostras.

– Se na coleta aparecerem mais de cinco larvas, é necessário iniciar o tratamento – afirma.

Controle da praga

– Os arrozeiros devem examinar periodicamente as plantas de arroz e eliminar as invasoras, que servem de hospedeiras e favorecem a permanência do inseto vivo até a primavera seguinte – diz Oliveira.

A aplicação de nitrogênio também não causa a morte das larvas da bicheira da raiz, porém propicia condições favoráveis a planta. Além de apresentar um melhor aspecto, – folhas com coloração verde mais escuro – emite novas raízes.

Entenda o ciclo da bicheira-da-raiz

A bicheira da raiz hiberna no período de entressafras e não sofre as conseqüências da baixa temperatura e da incidência de geada. A partir de setembro, o inseto se movimenta e vai para a lavoura. Após 15 dias, as larvas atacam as raízes. A fase de larva é a mais longa e dura 30 dias.

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