Gaúcho quer ser líder em produtividade de arroz

ara o governo gaúcho a meta é viável porque em quatro anos do Projeto Arroz RS foram incorporadas 1 tonelada por hectare.

O maior produtor de arroz do País quer ser o líder em produtividade. Para isso, o Rio Grande do Sul está investindo mais de R$ 10 milhões por ano em tecnologia de produção e manejo, visando chegar em 2010 com 7,5 toneladas por hectare. Hoje, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade média do estado é de 5,9 toneladas por hectare frente a 6,8 toneladas por hectare em Santa Catarina. Para o governo gaúcho a meta é viável porque em quatro anos do Projeto Arroz RS foi incorporada 1 tonelada por hectare.

– É claro que os outros estados também estão buscando este aumento – diz o presidente do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Maurício Fischer.

As ações gaúchas, no entanto, não pressupõem uma cópia do sistema catarinense. O analista da Safras & Mercado, Tiago Barata, explica que há diferenças no perfil dos produtores dos dois estados. Mais de 90% da lavoura de Santa Catarina usa o sistema pré-germinado (a semente é colocada em água, germina e depois é plantada). Diferente do Rio Grande do Sul, onde o plantio é direto da semente.

– Há um esforço grande aumentar a produtividade para que os custos sejam diluídos – diz Barata.

Fischer explica que nos últimos quatro anos o estado investiu em tecnologia de manejo – fazer os tratos culturais no momento certo -, treinamento e capacitação dos produtores, além do lançamento de novas cultivares. Foi assim que o produtor Luís Rechstdiner, de Pelotas, passou de uma colheita média de 5,5 toneladas para 8,5 toneladas por hectare. Ele conta que, entre as mudanças efetuadas está a época do plantio.

– Pensávamos que para a Zona Sul do Estado o melhora era novembro, mas a pesquisa mostrou que é outubro – diz.

Agora, na segunda fase do programa, o governo pretende fazer com que a lavoura seja sustentável econômica e ambientalmente. A proposta é diminuir a contaminação do ambiente – toda a lavoura gaúcha já tem licenciamento – que pode gerar, inclusive, uma “certificação verde”, com rastreabilidade.

O presidente do Irga diz que as ações visam a aumentar o valor agregado do produto. Também estão previstas o lançamento de novas cultivares e de um programa de incentivo ao consumo. Entre as medidas estariam a inclusão do arroz e seus derivados na merenda escolar e a adição da farinha de arroz em produtos como o pão.

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