Conab estima redução de arroz e milho em Mato Grosso
Para a Conab, a redução da área plantada do arroz se deve à substituição do grão por outras culturas de maior rentabilidade, como a soja e o algodão.
O milho e o arroz são os “patinhos feios” da produção mato-grossense de grãos, conforme os dados da Conab. As previsões são de redução da área plantada e dos resultados em toneladas de produção. Os problemas climáticos devem prejudicar o plantio do milho no Estado. Em Mato Grosso a diminuição da área plantada é esperada em 2,8% baixando de 1,592 milhão de hectares (safra anterior) para 1,547 milhão (2007/2008).
A produção deve cair em 4,8% e estacionar em 5,582 milhões de toneladas. O resultado anterior foi de 5,864 milhões de toneladas.
O presidente da Famato, Rui Prado, explica que com o atraso da entrada do período das chuvas, o plantio da soja foi tardio, cerca de 15 dias após a data em que deveria começar a cultivar o grão. A colheita deve se estender e comprometer o plantio do milho safrinha, que ocorre após a retirada da soja da terra.
Já o arroz deverá sofrer queda da área plantada de 280 mil hectares para 250 mil hectares, diminuição de 10,8%. Segundo o levantamento da Conab, a produção deve cair de 734 mil toneladas para 657 mil toneladas, baixa de 10,5%. Rui Prado explica que desde o ano passado as áreas agricultáveis do arroz estão reduzindo porque o cereal em Mato Grosso é culturalmente plantado com a abertura de novas áreas.
– Como houve a queda no desmatamento no Estado a tendência é de reduzir o plantio. Não duvido que o Estado deixe de cultivar o arroz.
Para a Conab, a redução da área plantada do arroz se deve à substituição do grão por outras culturas de maior rentabilidade, como a soja e o algodão. A qualidade das variedades e o baixo rendimento do arroz sequeiro, em relação ao arroz irrigado (cultivado no Sul), impedem uma produção mais competitiva para a ocupação de novas áreas.