Macarrão com cara de arroz

Se apenas beliscarmos o mercado de arroz, isso representará um grande número de toneladas a mais de produção de macarrão na fábrica – afirma o vice-presidente da Vilma, Cézar Tavares.

A empresa mineira Vilma Alimentos, grande fabricante de massas, acaba de colocar no mercado um macarrão em formato de arroz. A idéia é ampliar as vendas de macarrão beliscando o gigantesco mercado de arroz. O Brasil consome por ano 12 milhões de toneladas de arroz. O consumo de massas é muitas vezes menor, de apenas 1,3 milhão de toneladas por ano.

– Se apenas beliscarmos o mercado de arroz, isso representará um grande número de toneladas a mais de produção de macarrão na fábrica – afirma o vice-presidente da Vilma, Cézar Tavares.

O produto será vendido por preço similar ao de outros formatos já comuns, como fusilli ou penne, e apresentado com uma alternativa leve e prática para o dia-a-dia.

– Não existe no Brasil a percepção de que macarrão é para o dia a dia – diz o executivo.

– Arroz é para todo dia, macarrão é para uma ou duas vezes na semana.

No marketing do novo produto, a Vilma vai mostrar que o produto é bom substituto até no prato mais popular, o arroz com feijão.

– Nos nossos testes, os clientes adoraram – disse Tavares.

O macarrão em formato de arroz já é comercializado no Brasil pela Barilla, fabricante italiana, que classifica o produto como risonni. Mas, segundo Tavares, a massa importada é acessível apenas para pequena parte da população e está associada ao preparo de risotos e sopas.

– Não existe nenhuma marca tradicional de macarrão produzindo isso no Brasil, com preço ao alcance do bolso.

Segundo o vice-presidente, o novo macarrão da Vilma já chegou às gôndolas dos supermercados de todos os Estados onde a marca já é vendida, sobretudo Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A produção inicial é de 200 toneladas por mês. Mas a meta é atingir 400 toneladas no próximo ano, o que representará um incremento de 8% na produção atual de macarrão da Vilma.

Para Cézar Tavares, este é um formato que contribuirá muito para o aumento do consumo de macarrão no país. “Na Europa, onde não se come tanto arroz, esse é um formato muito comum”, diz ele.

– É uma questão cultural que aos poucos tende a ir mudando no mercado brasileiro – avalia o executivo.

Fundada há 81 anos como fabricante de massas, a Vilma Alimentos é hoje uma das grandes fabricantes de misturas do país. Misturas para bolos e tortas já representam 22% da receita. Misturas para sucos, outros 20%.

Macarrão representa hoje 33% do faturamento da empresa, que deverá chegar a R$ 360 milhões neste ano, 15% maior do que o resultado obtido no passado, de R$ 318 milhões.

Com produção já muito perto do limite da capacidade de produção, a indústria mineira já estuda um plano de expansão para ser deslanchado em 2009.

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