Irga recupera história dos 100 anos do arroz

A 18ª Aoca acontecerá entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março do ano que vem na estação experimental do Irga, em Cachoeirinha.

O coordenador regional do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) em Cachoeira do Sul, Jaceguay Barros, está buscando junto aos produtores rurais da região central do estado objetos, fotos e equipamentos antigos que contam a história da lavoura arrozeira nos últimos 100 anos. O material que for emprestado será levado para Cachoeirinha, onde o Irga e a Federação das Associações dos Arrozeiros (Federarroz) estão preparando a 18ª Abertura Oficial da Colheita de Arroz (Aoca).

– Estamos pedindo emprestado, mas também aceitamos doações, pois é interesse do Irga recuperar e preservar a história da lavoura arrozeira -, destacou Barros.

Durante o evento será possível circular por uma espécie de túnel do tempo que conta a evolução da lavoura de arroz nos últimos 100 anos. Entre o material já garantido para a exposição estão algumas das máquinas que enfeitam o trevo da BR 153 com Avenida dos Imigrantes, um dos acessos ao município de Cachoeira do Sul que é mantido pela indústria Horbach.

O Irga está disposto a fazer alguns reparos em equipamentos para deixá-los em condições de uso para mostrar aos visitantes da 18ª Aoca como exatamente era o funcionamento das máquinas e equipamentos.

– Lógico que não vamos reformar totalmente os equipamentos, mas alguns reparos poderemos fazer -, explicou Barros, lembrando que pequenos objetos também serão bem-vindos.

– Estamos em busca de máquinas trilhadeiras, plantadeiras e tratores antigos, mas também de utensílios como pás, enxadas, foices, lanternas, equipamentos para medições e outros aparelhos usados entre as décadas de 30 e 50 -, destacou Jaceguay Barros.

A 18ª Aoca está sendo preparada para ser o maior evento tecnológico da orizicultura gaúcha. Na programação estão inovações para atender a cadeia produtiva e também os consumidores. O túnel que contará os 100 anos da lavoura arrozeira é uma das atrações inéditas. Haverá feira de artesanato feito com arroz, concurso de pratos, gincana de operadores de trator, missa arrozeira, peças teatrais e até um rancho típico estará em exposição.

Os interessados em emprestar ou doar fotos ou qualquer material referente à história do arroz podem entrar em contato com o Irga. Em Cachoeira do Sul, município sede da regional centro, o telefone é o 3722-3411. Um caminhão do Irga está sendo usado para percorrer localidades do interior e recolher o material que está sendo mapeado para empréstimo e exposição em Cachoeirinha.

As doações deverão ficar em Cachoeirinha, onde o presidente do Irga, Maurício Fischer, já preserva alguns equipamentos. Essa material futuramente poderá ser destinado para Cachoeira do Sul, onde existe a proposta de criar um museu do arroz. Segundo o produtor cultural Telmo Padilha, integrante da Oscip Defender, a proposta de criar um museu do arroz em Cachoeira do Sul é uma obrigação histórica, pois este município é o berço das lavouras de arroz irrigado no Brasil.

– É aqui que temos a segunda maior feira de negócios do arroz no mundo. Aqui nasceram as primeiras indústrias de máquinas para a lavoura de arroz irrigado, tanto que foi em Cachoeira a produção da primeira trilhadeira e locomóvel da América Latina. É por isso que propomos criar o museu do arroz no desativado Engenho Brasil, prédio da família Roesch, onde já funcionou o maior engenho de arroz da América Latina -, destaca Padilha, que reside em Cachoeira do Sul.

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