Brasil seguirá exportando arroz

O mal entendido começou depois das declarações feitas pelo ministro da Agricultura Reinhold Stephanes. Ele afirmou que o Brasil foi procurado por quatro países para exportar arroz, mas não fechou negócio pelo risco de desabastecimento interno.

O ministro da Agricultura se reuniu, em Brasília, com representantes dos produtores e da indústria de arroz para falar sobre a suspensão das exportações do grão.

Os produtores chegaram ao ministério assustados com a possibilidade de suspensão ou mesmo de que o governo fosse cobrar alguma sobretaxa das exportações de arroz.

– Não é fácil você construir um mercado. Nós começamos exportando com arroz quebrado, quirela e arroz amarelo, mandando para a África. Agora que está se conseguindo mercado que remunera a um preço compensador, como o governo vai taxar? – questionou André Barreto, Presidente da Federação das Cooperativas de Arroz do Rio Grande do Sul.

O mal entendido começou depois das declarações feitas pelo ministro da Agricultura Reinhold Stephanes. Ele afirmou que o Brasil foi procurado por quatro países para exportar arroz, mas não fechou negócio pelo risco de desabastecimento interno. Na reunião com os produtores, ficou esclarecido que o governo se referia apenas ao estoque público. O ministro deixou claro que a decisão do governo não afeta o setor privado e disse que não haverá sobretaxa na exportação.

– Não há intenção de adotar medidas restritivas em termos de taxação. O Brasil há muitos anos não pratica essa política. E nos países onde está sendo praticada, inclusive na nossa vizinha Argentina, isso não tem dado resultados positivos. De qualquer forma, temos que acompanhar o que está acontecendo no sentido de assegurar o abastecimento interno – explicou Stephanes.

O encontro foi a portas fechadas. Ficou acertado que o governo vai aumentar a freqüência dos leiloes. De mensais vão passar a ser semanais. A medida é adotada para conter o preço que subiu bastante nos últimos dias em função de um desequilíbrio na oferta mundial, depois que alguns países produtores do grão interromperam as vendas externas.

No próximo leilão, marcado para cinco de maio, o governo vai ofertar 55 mil toneladas de arroz.

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