Arrozeiros iniciam o preparo da safra com foco no aumento da produtividade

A estimativa do Irga é de que entre 30% e 40% da área esteja preparada para o próximo plantio .

O aumento na produtividade do arroz está relacionado à conscientização dos produtores sobre as técnicas de manejo que contribuem para um melhor rendimento. A semeadura na época correta, por exemplo, pode inclusive aumentar a rentabilidade financeira da lavoura. Em áreas comerciais de Uruguaiana, plantadas entre setembro e novembro da última safra, os rendimentos foram superiores em 1,5 tonelada por hectare se comparados com a semeadura em dezembro.

Levantamento publicado na última edição da Revista Lavoura Arrozeira, do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), comprova que o produtor lucra com a semeadura na época correta. Se o agricultor plantou 50 hectares fora do período recomendado e colheu 6,5 toneladas de arroz por hectare, ele terá uma produção total de 325 toneladas.

Mas se tivesse plantado na época correta, com rendimentos de 8 toneladas, a produção chegaria a 400. Com o preço de R$ 30 a saca, o produtor deixou de ganhar R$ 45 mil apenas por não ter plantado no período correto.

Para conseguir semear a área até o dia 5 de novembro, o segredo é preparar o solo antecipadamente. Entre 30 e 40% da área está preparada para o plantio, segundo estimativa do Irga. Como o Estado tem um clima instável, a recomendação é iniciar o preparo tão logo seja finalizada a colheita.

O processo depende da criatividade de cada produtor e a existência, ou não, de algum tipo de rotação de cultura. Com azevém, por exemplo, o arrozeiro precisa apenas dessecar a área um mês antes do plantio. Em áreas de pousio, o procedimento pode iniciar ainda no verão.

Os produtores que realizam o preparo antecipado do solo no outono, dipõem naturalmente de mais tempo para realizar as operações e, por isso, precisam de menos máquinas, o que representa uma imobilização de capital menor, menos custos com depreciação e manutenção de máquinas. Quem prepara o solo cedo, planta cedo e tem a possibilidade de colher antes e com condições ambientais que favorecem a colheita, diminuindo o gasto com combustível na operação entre 40 e 50%.

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