Mantega espera queda no preço do arroz e do feijão

Ministro diz que financiamento para alimentos está praticamente definido.

G1Em apresentação feita nesta quinta-feira (19) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a economistas e a outros ministros, Guido Mantega, titular do Ministério da Fazenda, disse esperar que os preços do arroz se “estabilizem no curto prazo e caiam no segundo semestre”. Para o feijão, a expectativa para 2008 é de “queda na inflação devido à normalização e aumento da safra”. O ministro não citou valores.

Segundo Mantega, a quebra da produção asiática de arroz elevou os preços mundiais, com impacto no Brasil. Neste ano, segundo estimativas do Ministério da Fazenda, o preço do arroz subiu mais de 30%. Já o feijão avançou mais de 200% em 2008. Os preços refletem uma maior procura pelo produto nos países emergentes, que estão vivenciando aumentos de renda, além de fatores climáticos adversos em alguns países produtores.

Sobre os leites e derivados, a avaliação do ministro da Fazenda não é tão otimista quanto no caso do arroz e feijão. Ele informa, em sua apresentação, que uma “quebra” da produção doméstica e internacional no fim do ano passado, mas que, desde então, a inflação vem desacelerando. “Mas há expectativa de nova aceleração em 2008”, conclui.

Plano safra
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o ministro Guido Mantega avaliou que o crescimento da inflação é passageiro e informou que o governo está preparando o plano safra 2008/2009. Segundo ele, o plano terá uma “série de medidas” para expandir a produção agrícola e, com isso, atuar para conter elevações nos preços dos alimentos no mercado interno.

Em linhas gerais, o Ministério da Fazenda informa que o plano safra abrangerá os seguintes pontos: renegociação das dívidas rurais (medida já anunciada pelo governo); financiamento do custeio rural com elevação dos limites de crédito por produtor (Pronaf e agricultura empresarial); elevação dos preços de garantia e ampliação de recursos para formação de estoques públicos; e financiamento de recuperação de áreas degradadas, com aumento da área disponível para cultivo.

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