Preço do arroz em casca estável com queda externa e leilão
No Rio Grande do Sul, a cotação atual do arroz em casca, FOB produtor, para um produto com 58% de grãos inteiros e 10% de quebrados, está, em média, em R$ 32,18 por saco de 50 Kg, contra R$ 32,61 por saco de 50 Kg na semana anterior e R$ 35,32 por saco de 50 Kg na segunda quinzena de maio (a maior média deste ano-safra).
Na semana em que ocorre mais um leilão de arroz dos estoques da Conab, os preços do arroz em casca seguem estáveis. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai ofertar 60 mil toneladas de arroz em casca nesta terça-feira (29/07). Cerca de 50 mil toneladas do produto estão armazenadas no Rio Grande do Sul e o restante em Santa Catarina.
No Rio Grande do Sul, a cotação atual do arroz em casca, FOB produtor, para um produto com 58% de grãos inteiros e 10% de quebrados, está, em média, em R$ 32,18 por saco de 50 Kg, contra R$ 32,61 por saco de 50 Kg na semana anterior e R$ 35,32 por saco de 50 Kg na segunda quinzena de maio (a maior média deste ano-safra). No Estado, a cotação do arroz em casca, ao produtor, em média, acumula uma alta de 54,0% nos últimos 12 meses, com uma leve baixa de 1,3% na última semana.
Nos últimos 30 dias, o preço acumula uma ligeira alta de 0,1%, mostrando bem a estabilidade atual do mercado. Desde o início de junho, no Estado, os preços oscilam entre um mínimo de R$ 32,11 por saco de 50 Kg e um máximo de R$ 32,54 por saco de 50 Kg. O Indicador do Arroz Cepea/Esalq fechou a última semana a R$ 33,07 por saco de 50 Kg (CIF indústria), contra os R$ 33,19 por saco de 50 Kg no fechamento da semana anterior, resultando numa variação negativa inexpressiva de 0,36%.
O mercado atacadista deve ficar mais movimentado no mês de agosto, após as fracas vendas de arroz beneficiado registradas em julho. O mês de julho é caracterizado por uma retração de consumo do varejo, em virtude das férias escolares, mais um motivo para que as aquisições sejam mais restritas e o mercado mais lento. As indústrias deverão voltar ao mercado com mais força, com o término das férias escolares e a maior procura por reposição por parte dos supermercados.
Com a queda das cotações externas, também devem crescer as importações brasileiras do Uruguai e da Argentina. Essa oferta não deverá ser elevada, mas amplia a tendência de estabilidade no curto e médio prazo.
No cenário internacional, os preços podem seguir perdendo força. Os preços do arroz já estão quase US$ 200 por tonelada beneficiada, abaixo do pico de US$ 1.080, atingido em maio, pois o Vietnã e outros países aumentaram os embarques e mais oferta está próxima de entrar no mercado.
Segundo a Associação dos Exportadores de Arroz da Tailândia, nos cinco primeiros meses de 2008, o país exportou 5 milhões de toneladas de arroz, pois grandes players como Vietnã, Egito e Índia proibiram as vendas externas frente à escassez interna. A meta de exportação do arroz neste ano é de 9 milhões de toneladas, mas a Tailândia já embarcou 5 milhões de toneladas em cinco meses. Isso significa que será preciso exportar apenas 570 mil toneladas por mês em média, o que é bem pouco comparado às 600 mil toneladas a 700 mil toneladas que normalmente o país exporta por mês.
Os embarques tailandeses poderiam ultrapassar 10 milhões de toneladas em 2008, devido à forte demanda mundial. As novas safras da Ásia vão ingressando no mercado. O arroz beneficiado Tai 100%B recuou para US$ 750 a tonelada FOB, contra o recorde histórico de US$ 1.080 a tonelada FOB, registrada no mês de maio passado. No Vietnã, os preços também estão em queda. Com o fim da proibição às exportações no início de julho, o mercado começou a antecipar o aumento da oferta exportável e o relançamento de novos contratos.
No Vietnã, o arroz beneficiado Viet 5% está cotado a US$ 650 por tonelada FOB, após ter atingido o recorde de US$ 1.088 a tonelada FOB registrado no mês de maio de 2008. Nos EUA, os preços de exportação seguem recuando e o arroz beneficiado longo 2/4 recuou do recorde de US$ 988 a tonelada FOB em maio, para US$ 840 a tonelada FOB. O arroz em casca recuou de US$ 530 a tonelada FOB, para US$ 425 a tonelada FOB.