Preço do arroz em Mato Grosso deve aumentar, prevê gerente da Conab

O Brasil, pela primeira vez, desde a década de 70, será exportador líquido do produto. A previsão da Conab é exportar 700 mil toneladas, e importar 600 mil, serão 100 mil toneladas no saldo das exportações.

A elevação mundial dos preços dos alimentos contribuiu para a alta dos preços do arroz em todos os Estados do país. No Rio Grande do Sul, a saca de 50 quilos é comercializada a R$ 33, alta de 60% em relação ao mês de julho de 2007. Em Mato Grosso, é vendido a R$ 40, em média.

As perspectivas, segundo o economista e gerente de Alimentos Básicos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Paulo Morceli, é que “em 2009 os preços sejam melhores remuneradores do que os atuais. O Governo Federal elevou os preços mínimos em 17%”, declarou.

Ele participou do seminário de arroz em terras altas, ontem, em Sinop.

O aumento nos custos de produção, principalmente dos fertilizantes (subiu 70% no último ano) será um problema a ser resolvido pelo governo. No curto prazo, a tendência é de que o preço do produto, que hoje corresponde a 40% dos valor da produção, em média, continue elevado no Brasil e exterior.

– O produtor rural terá que fazer um bom gerenciamento dos seus custos, aplicando bem todos os seus insumos – disse Paulo. Para o economista, se o produtor não fazer esse gerenciamento “a lucratividade no campo será ainda menor, mesmo com o preço do arroz em alta”.

Na visão de Paulo Morceli, os orizicultores mato-grossenses têm lucratividade maior que os do sul do país, e os fatores apontados são: menos concorrência com arroz de países vizinhos, e, a logística de escoação da produção no Rio Grande do Sul.

– O excesso de produção no sul, faz com que os produtores tenham que deslocar o produto para o sudeste, principal mercado consumidor – declara.

– A oferta de arroz argentino e uruguaio, é um regulador dos preços no sul – diz.

Em Mato Grosso a produção na atual safra somou 707 mil toneladas, em uma área de 275 mil hectares.

O Brasil, pela primeira vez, desde a década de 70, será exportador líquido do produto. A previsão da Conab é exportar 700 mil toneladas, e importar 600 mil, serão 100 mil toneladas no saldo das exportações.

Os principais consumidores do arroz brasileiro, são países de América Latina, entre eles, o Perú, a Colômbia, e Equador. Países do continente Africano e do Oriente Médio “também são importantes compradores do arroz do Brasil”, diz o gerente de Alimentos Básicos da Conab.

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