Mercado brasileiro fecha julho com estabilidade
Os meses de junho e julho foram de baixa procura por parte dos varejistas, que haviam antecipado as aquisições no momento de maior instabilidade no mercado, entre abril e maio.
A última semana de julho manteve a estabilidade nos referenciais de preços apresentada desde o início de junho. A presença de compradores no mercado é compatível com a necessidade de venda.
– Este equilíbrio impede que haja pressão sobre as cotações, para cima ou para baixo, de acordo com os interesses dos agentes da oferta e da demanda – explica o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.
Os meses de junho e julho foram de baixa procura por parte dos varejistas, que haviam antecipado as aquisições no momento de maior instabilidade no mercado, entre abril e maio.
– Depois que a volatilidade diminuiu, as compras reduziram a intensidade e o desafio dos supermercadistas foi repassar o aumento das cotações para o consumidor final – lembra o analista.
Com as férias escolares, historicamente, o consumo reduz.
– Dentro deste contexto, o mercado doméstico segue pouco movimentado e com um comportamento de lateralidade das cotações – ressalta.
A saca de 50 quilos apresenta uma média neste mês de R$ 33,00 no Rio Grande do Sul. No Mato Grosso, a saca de 60 quilos tem média de R$ 37,83.
O leilão de arroz realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no dia 29 comercializou todo o produto ofertado. Foram negociadas pela estatal 60 mil toneladas, armazenadas nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Os lotes eram destinados a indústrias de beneficiamento de cereais e tiveram um preço médio de abertura de R$ 28 a saca de 50 quilos. Eles foram negociados, em média, a R$ 31.
No dia 6 de agosto haverá uma reunião em Porto Alegre, entre a direção da Conab e representantes da cadeia produtiva, para decidirem a continuidades dos leilões de estoques públicos do cereal. Este ano, a Companhia ofertou cerca de 600 mil toneladas e comercializou 483 mil toneladas.