Plantio praticamente encerrado no RS

A preocupação dos arrozeiros é com a falta de chuvas que pode reduzir a capacidade dos reservatórios de água e aumentar os custos para irrigação.

O plantio de arroz no Rio Grande do Sul está praticamente encerrado. Nas principais regiões, faltou água na fase de desenvolvimento, o que preocupa produtores e técnicos do IRGA, Instituto Riograndense do Arroz.

Na fronteira oeste do Rio Grande do Sul foram cultivados 308 mil hectares. Oitenta mil só em Uruguaiana. A preocupação dos arrozeiros é com a falta de chuvas que pode reduzir a capacidade dos reservatórios de água e aumentar os custos para irrigação.

O levantamento do IRGA aponta que 88% das lavouras estão em estágio vegetativo. Muitas, semeadas após o período recomendado, que é o mês de setembro, tiveram de ser irrigadas para garantir a germinação da planta.

Segundo o IRGA, a germinação das sementes passou por um período arriscado. Com a falta de chuvas muitos produtores precisaram antecipar a irrigação para garantir o nascimento, o que gerou despesas com energia, água, além do controle de invasoras.

– É muito cedo para falar em reflexos da produtividade porque nós temos os meses de janeiro e fevereiro, nos quais saberemos onde a lavoura vai produzir – disse Gustavo Hernandes, agrônomo do IRGA.

Com a escassez de chuvas, a lavoura de seu Carlos Simonetti apresenta duas situações opostas: parte está na fase vegetativa com um bom desenvolvimento, mas os 30% dos 2,1 mil hectares cultivados ainda sofrem com o atraso do plantio feito em novembro.

– O clima e a chuva são fundamentais numa lavoura de arroz. Como estamos carecendo disso, o manejo está bastante complicado – falou o agricultor Carlos Simonetti.

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