Início de 2009 não confirma expectativa de alta

Analista da SAFRAS avalia momento do arroz e considera que os preços, apesar de firmes, não refletem a expectativa de alta projetada pelo setor.

Apesar de expectativas de um início de ano trouxesse maior ímpeto altista ao mercado, a primeira semana de 2009 manteve a cadeia do arroz em ritmo lento. A perspectiva de que a estiagem, que prejudicou o milho e feijão no Rio Grande do Sul, atingisse também o arroz não se confirmou.

Conforme a Emater/RS, o nível das barragens está normal, e com as chuvas do início no ano, o curto prazo deve garantir a produtividade satisfatória.

– Assim sendo, a expectativa de eventuais quebras de safra no Sul foi falha e inibiram uma recuperação mais abrupta do preço – como era esperado – aponta o analista de Safras & Mercado, Rafael Poerschke.

Ainda, segundo fontes, o ligeiro aumento nas cotações no início do ano não foi bem recebido pelo varejo, que ainda se mantém retraído e consumindo apenas para necessidades imediatas.

– Nesse sentido, a primeira semana desse ano pode ser considera como ‘morna’ para aqueles que previam um salto das cotações, mas ‘natural’ para os mais realistas – explica.

A comercialização seguiu lenta e a preços firmes. Em Uruguaiana (RS), 62% inteiros, foram notificados negócios com arroz tipo 417 a R$ 35,00 a saca de 50 kg, o tipo mais inferior variou em ao redor de uma média de R$32,90.

O quarto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2008/09 de arroz indica produção de 12,177 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 1,0% sobre as 12,059,6 milhões de toneladas de 2007/08.

A área plantada com arroz na temporada 2008/09 foi estimada em até 2,874,9 milhões de hectares, igual ao semeado na safra 2006/2007. A produtividade das lavouras foi estimada em 4,236 mil quilos por hectare, superior em 1,0% aos 4,195 mil por hectare na temporada passada.

O Rio Grande do Sul, principal estado produtor, deve ter uma safra de até 7,558 milhões de toneladas, equivalendo a um avanço de 2,7%. A área prevista é de até 1,095 milhão de hectares, 2,7% acima dos 1,066 milhão de hectares de 2007/08, com rendimento esperado de 6.900 quilos por hectare, ante 6.902 quilos da anterior.

Em Santa Catarina, a produção deverá avançar até 2,2%, totalizando 995,8 mil toneladas. O estado se consolida como o segundo maior produtor do país. Na terceira posição do ranking vem o Mato Grosso, com safra estimada em 772,5 mil toneladas e acréscimo de 5,7% sobre o ano passado.

Para o Maranhão, a Conab está estimando uma safra de até 668,2 mil toneladas, ante 699,7 mil toneladas calculados para 2007/08. O rendimento é indicado em 1.422 quilos por hectare, ante produtividade de 1.465 quilos em 2007/08. Já a área indicada é de até 469,9 mil hectares, com queda de 1,6% sobre os 477,6 mil hectares da safra anterior.

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