Seca na Argentina comprometem lavouras de milho e arroz
Os primeiros sinais da estiagem podem ser vistos ao longo da Rota 14, na Argentina. O rio está quase desaparecendo. Na região não há chuva significativa há pelo menos 70 dias.
A seca prejudica as lavouras da Argentina. O milho e o arroz são as culturas mais comprometidas. Em algumas regiões não chove há mais de 70 dias.
Os primeiros sinais da estiagem podem ser vistos ao longo da Rota 14, na Argentina. O rio está quase desaparecendo. Na região não há chuva significativa há pelo menos 70 dias.
Corrientes é a principal região produtora de arroz da Argentina, com mais de 40% da produção. Em uma das propriedades as duas barragens estão abaixo da capacidade. Uma delas está com 60% de déficit hídrico, cerca de 1,60 metro abaixo do normal.
Por causa da seca os problemas na lavoura de arroz iniciaram uma germinação. Muitos produtores precisaram antecipar a irrigação para garantir o nascimento, o que comprometeu o abastecimento nas outras etapas de desenvolvimento da planta. Para piorar a situação, as altas temperaturas fazem com que a evaporação da água seja ainda mais rápida.
– Isso será um problema se não chover, pois não será possível fazer a irrigação na última etapa – explicou Sérgio Escobar, gerente da fazenda.
Esta é considerada a maior seca desde 1961. Os dados são do Serviço Meteorológico Nacional. Segundo o Ministério da Agricultura, a falta de chuva afetou as principais culturas da Argentina. O milho tem sido um dos mais prejudicados. Em uma lavoura de milho foram plantados dois mil hectares. A estimativa era de uma colheita em torno de 5,5 mil quilos por hectare. Mas, por causa da escassez de chuva, não deve chegar a três mil quilos por hectare.
– Foi um ano extremamente complicado para o cultivo em geral. Estimamos que a produção de milho tenha queda de pelo menos 40%, tanto pela redução de área cultivada quanto pela seca – afirmou Sérgio San Martin, um dos técnicos responsáveis pela agricultura da empresa.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou novas medidas para ajudar os agricultores. Será disponibilizada uma linha especial de financiamento com juros fixos de 8% ao ano. Até agora o governo argentino já liberou cerca de R$ 155 milhões para auxiliar os produtores rurais.