Novos protestos de agropecuaristas na Argentina

Além da crise econômica, o país enfrenta uma das maiores estiagens nos últimos 50 anos que mata rebanhos e destrói lavouras.

Os produtores rurais argentinos, em conflito com o governo desde o ano passado devido à política para o setor, poderão realizar neste mês um novo protesto para pedir apoio frente a uma forte estiagem que está destruindo as lavouras e matando o gado.

O relacionamento entre os dirigentes rurais e o governo está complicado desde que entraram em choque por causa de um imposto sobre as exportações. Por enquanto, no entanto, o campo não voltou a realizar protestos da mesma magnitude que no ano passado, que incluíram paralisações e bloqueios de estradas.

Mas os danos provocados pela seca preocupam muitos produtores, que consideram a ajuda anunciada pelo governo – principalmente através de benefícios fiscais – insuficiente e pedem a suspensão dos impostos sobre a exportação.

– O mal-estar é crescente e as soluções demoram demais para aparecer. Isso desencadeia um iminente protesto agrário – garantiu ontem Ulises Forte, vice-presidente da Federação Agrária Argentina, uma das quatro associações rurais em confronto com o governo.

As entidades agropecuárias ainda devem decidir em assembléias a forma e a data dos protestos, e não descartam voltar a realizar paralisações comerciais.

– Não seria de se surpreender se na segunda quinzena de fevereiro começarmos com alguma medida de força – disse Forte à Agência Internacional Reuters.

No ano passado, a disputa entre produtores rurais e o governo paralisou as exportações de grãos e afetou a atividade econômica local. O conflito se iniciou por uma iniciativa da presidente Cristina Kirchner de elevar o imposto sobre as exportações de soja.

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