Rizicultores de Mato Grosso do Sul estão animados com a safra
Depois de registrar nos últimos anos queda no preço, a baixa dos estoques do cereal no mundo inteiro fez com que as perspectivas para a comercialização do produto sejam as melhores possíveis, especialmente para os produtores da região Oeste do Mato Grosso do Sul.
Rizicultores de Mato Grosso do Sul estão esperançosos com o cenário futuro das próximas safras. Depois de registrar nos últimos anos queda no preço, a baixa dos estoques do cereal no mundo inteiro fez com que as perspectivas para a comercialização do produto sejam as melhores possíveis, especialmente para os produtores da região Oeste do Estado.
Oestadol, até abril, já produziu 450 mil toneladas do produto, e, até o final do ano, o país deve chegar a 700 mil toneladas. Esta próxima safra servirá para repor estoques estratégicos e, a partir do ano que vem, a situação será bem mais confortável e lucrativa.
De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Arroz e Irrigantes do Mato Grosso do Sul, Roberto Coelho, o Estado tem hoje cerca de 30 mil hectares plantados. Já teve 40 mil hectares. A produção, que começou 120 anos atrás, está concentrada no Oeste do Estado, especialmente nas fazendas Passa Quatro, Ramalhete e Boa Vista (próximas a Rio Brilhante, considerada a nova fronteira da cana-de-açúcar) e também na região do Barro Preto.
Atualmente, as grandes redes atacadistas compram arroz do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e distribuem o produto pelo país. O arroz produzido no Mato Grosso do Sul por cerca de 100 produtores acaba sendo comercializado para cerealistas locais e de centros consumidores próximos, como Goiás e São Paulo.
– Temos qualidade, quantidade e como distribuir o produto. Portanto, vamos procurar escoar bem nossa produção – disse Roberto Coelho.
Mato Grosso do Sul tem hoje coeficiente de produção muito parecido com o do Rio Grande do Sul e perde apenas para Santa Catarina no ranking nacional. Enquanto no Rio Grande do Sul, segundo a Associação dos Rizicultores, colhem-se 7,5 toneladas de arroz por hectare, no Mato Grosso do Sul a produção é de 7 toneladas por hectare e chegará a 7,5 toneladas por hectare, acredita Laudemir Freitas, um dos maiores produtores de Rio Brilhante e parceiro da Fazenda Ramalhete. Para efeito de comparação, Santa Catarina produz 11 toneladas por hectare.
– Acredito realmente que a partir deste ano o arroz volte a ser uma atividade lucrativa. Sem dúvida que existe uma política fiscal equivocada, determinada pelo governo federal, que, para baixar os preços do produto, quebra o produtor, mas, apesar disso, a conjuntura mundial vai nos devolver tranquilidade e dignidade para produzir – afirma Laudemir.
As informações são da assessoria de imprensa da Fazenda Ramalhete.