Um cafezinho com o cliente

Federarroz vai à África conferir demandas do arroz .

Ciente de que para seguir aumentando a produtividade e a produção de suas lavouras o produtor também precisa achar mercados para o seu arroz, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), representada pelo vice-presidente de mercados, Marco Aurélio Marques Tavares, visitou a África do Sul em julho. O executivo participou de uma missão comercial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) à África do Sul para participar da feira Saitex/África Big Seven, maior evento de alimentos daquele país. Segundo Tavares, a viagem foi altamente produtiva pela identificação de oportunidades de negócios e contatos visando o fortalecimento do comércio de arroz entre Brasil e o continente africano. Em visitas a supermercados, o grupo gaúcho, que também tinha representantes da indústria, visitou estabelecimentos para identificar o perfil das marcas e produtos consumidos na África do Sul.

O dirigente setorial considera que a África do Sul é, indiscutivelmente, um foco para as vendas externas, pois depende da importação de até 1,5 milhão de toneladas de arroz anualmente para o abastecimento interno e não há tarifas de importação do produto brasileiro. “Além disso, o consumo é crescente, com preferência para o parboilizado (95%) e basmati (5%)”. Uma curiosidade é que a África do Sul não compra arroz em casca, pois não possui indústrias de beneficiamento do grão, e 78% do arroz é comprado na Tailândia, 14% na Índia e 1% no Brasil, que quer aumentar sua fatia para 15% até 2010. Países como Costa do Marfim, Nigéria e República dos Camarões têm preferência por arroz branco e importam com tarifa de 10%.

CONCLUSÕES – A viagem rendeu algumas informações interessantes ao setor, como o fato de que o arroz Brazilian South Rice é tido como de muito boa qualidade, porém, ainda pouco conhecido, embora o Brasil se encontre entre os grandes exportadores mundiais. “Isso revela que precisamos divulgar melhor as qualidades e condições de produção do arroz no Brasil, em questões como sustentabilidade e licença ambiental, lavoura livre de transgênicos, uso de tecnologias limpas, alta produtividade e alto rendimento de grãos”, explica Marco Tavares.

 

FIQUE DE OLHO
Segundo Marco Tavares, da Federarroz, uma das principais trades da África anunciou interesse pelo arroz gaúcho e a abertura de uma filial em Porto Alegre (RS), com intenção de comprar volumes expressivos que poderiam chegar a até 1 milhão de toneladas/ano, principalmente de parboilizado. Para isso, no entanto, revelou que há um problema que precisa ser resolvido, que é o odor resultante da secagem tradicional com lenha, no secador. Uma informação essencial para quem quer e precisa abrir espaços no mercado internacional. 

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