O desafio dos preços

 O desafio dos preços

Safra de futuro: gaúchos depositam esperanças na recuperação dos preços

Gaúchos sofrem há quatro anos com médias baixas
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A expectativa de uma safra maior no Rio Grande do Sul não só consolida a excelência e a vocação gaúcha para produzir arroz, mas também preocupa. Antes mesmo da safra 2007/2008 começar a ser plantada, a cadeia produtiva iniciou tratativas com o Governo para assegurar mecanismos de comercialização no início de 2008. “A pressão sobre os preços na colheita é inevitável. Há um histórico que confirma esse comportamento do mercado, pois além dos estoques, entra produto novo, há uma oferta maior e o produtor precisa se rentabilizar para honrar seus compromissos”, diz Tiago Sarmento Barata, da Safras & Mercado.
O
 presidente da Federarroz, Renato Rocha, destaca que alcançar o preço justo para o produto gaúcho é o maior desafio da cadeia produtiva. “Em 2007, com ações importantes como os mecanismos federais, a aprovação de normas legais que irão reduzir o impacto de produtos estrangeiros sobre o mercado, propostas pela Federarroz e as demais entidades, ainda tivemos alguns meses com preços médios abaixo do mínimo. Em nenhum momento o arroz, no Rio Grande do Sul, superou nos preços o custo de produção. O nosso desafio é mudar este cenário”, afirma. 

Para o analista Camilo Feliciano de Oliveira, preço é realmente o maior problema do arroz gaúcho. “A qualidade e a capacidade de produzir são indiscutíveis, mas essa eficiência na lavoura, na pesquisa e na indústria não se traduz em remuneração adequada ao produtor”, revela.

COMO FAZER – Para alcançar um preço de comercialização mais adequado, segundo a Federarroz, o Brasil precisaria estabelecer volumes de importação do Mercosul, manter a eficiência dos mecanismos de comercialização já na safra, criar mecanismos de incentivo à exportação de arroz, além de valorizar as regras que dão garantia de preço aos produtores. “Sem dúvida, não fosse o excesso de importação este ano, o mercado estaria mais equilibrado e com preços mais adequados ao custo de produção”, explica Renato Rocha.

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