Pão e água

 Pão e água

Meio ambiente e consumo: entre as prioridades do novo Arroz RS

Consumo e meio ambiente estão no foco do Arroz RS.

Junto com o aumento da produtividade, o programa desenvolvido pelo instituto também busca o aumento do consumo. Uma das alter-nativas que está sendo colocada em prática é a difusão do arroz na merenda escolar. Até o momento, nove prefeituras aderiram à iniciativa, mas a meta é ampliar a adesão. Outro projeto que começa a ganhar fôlego a partir do Arroz RS é o de exportação. A intenção é que o Rio Grande do Sul amplie os embarques do cereal nos próximos anos. O objetivo é que pelo menos 10% da produção gaúcha, hoje totalizando cerca de 6,3 milhões de toneladas, seja exportada. 

Na segunda fase do programa o Governo pretende fazer com que a lavoura seja sustentável econômica e ambientalmente. A proposta é diminuir a contaminação do ambiente – toda a lavoura gaúcha já tem licenciamento -, que pode gerar inclusive uma “certificação verde”, com rastreabilidade. 

O presidente do Irga diz que as ações visam a aumentar o valor agregado do produto. Também está previsto o lançamento de novas cultivares e de um programa de incentivo ao consumo. Entre as medidas estariam a inclusão do arroz e seus derivados na merenda escolar e a adição da farinha de arroz em produtos como o pão. 

Outro enfoque é a produção mais limpa através de práticas de manejo que otimizam o uso de recursos naturais e dos insumos agrícolas. Conforme Fischer, o programa prevê a redução do volume de água na lavoura de arroz de 10 mil para oito mil metros cúbicos e a manutenção da lâmina de água durante todo o cultivo em 50% das lavouras. 

Fique de olho
As três grandes áreas de atuação do programa estão divididas em geração e difusão de tecnologia, mercado e comercialização e marketing e comunicação. Nesses quatro anos estão previstos os lançamentos de oito novas cultivares e a capacitação e treinamento de mais de 15 mil técnicos, agrônomos, produtores e trabalhadores da lavoura. O aumento da produtividade reduz os custos da lavoura, através da transferência de tecnologia e projetos, como o Projeto 10/RS.

 

PROGRAMA ARROZ RS

METAS

Projeto 10:
– Elevação da produtividade média das áreas do Projeto 10 para 10 mil quilos por hectare, envolvendo 1.250 produtores diretos em 130 mil hectares.
– Formação de novos grupos do Projeto 10, atingindo um total de área de lavoura de 340 mil hectares.
– Ampliação da área e do número de produtores do projeto implantando-o em todos os municípios arrozeiros.
– Estímulo para que 80% da área do RS seja semeada até 5 de novembro.

Desenvolvimento de cultivares:
– Lançamento de cultivares:
2007/2008: Irga 423 e Irga 424.
2008/2009: cultivar para o sistema pré-germinado e cultivar para alto potencial produtivo com resistência ao acamamento.
2009/2010: cultivar de segunda geração para o sistema Clearfield e cultivar adaptada às condições de baixas temperaturas.
– Intensificar as pesquisas visando o desenvolvimento de cultivares com resistência a insetos, doenças, herbicidas e com maior valor nutricional através da biotecnologia.

Arroz híbrido:
– Desenvolvimento de duas cultivares híbridas comerciais nas safras 2008/2009 e 2010/2011.
– Geração de tecnologia para a produção mecanizada de sementes híbridas a partir da safra 2009/2010.

Produção de sementes:
– Produção anual de 25 toneladas de sementes genéticas e 1,2 tonelada de sementes básicas das cultivares do Irga.
– Incentivo ao aumento de 25% na produção de sementes certificadas, S1 e S2 anualmente.
– Fortalecimento e valorização do núcleo dos produtores de sementes de arroz do RS.
– Certificação de 50% das sementes produzidas no RS.

Tecnologias limpas:
– Desenvolvimento de tecnologias mais limpas visando o manejo racional da água e insumos, redução no volume de água utilizado na lavoura de arroz para oito a 10 mil metros cúbicos/hectare e manutenção da lâmina de água durante o cultivo em 50% das lavouras.
– Transferência da tecnologia gerada para adoção de práticas adequadas à melhoria da produtividade e condições ambientais em 50% das lavouras.
– Incentivo à obtenção de licenciamento ambiental e outorga de uso da água e adequação ao Plano Estadual de Regularização da Atividade de Irrigação (Perai).

Capacitação e treinamento:
– Treinamento para 13 mil produtores e trabalhadores no manejo para altas produtividades.
– Capacitação de 800 técnicos em manejo integrado do cultivo do arroz e especialização em gestão ambiental, produção de sementes, insumos, fertilidade, plantas daninhas, doenças e qualidade de pós-colheita.
– Realização de 24 seminários regionais com 7,2 mil participantes.
– Realização de 600 roteiros técnicos, envolvendo 10 mil produtores e 150 dias de campo com a participação de 12 mil técnicos e produtores.
– 320 palestras, 16 mil participantes.

Rotação e sucessão de culturas
– Indicação das cultivares de soja.
– Desenvolvimento de linhagens de soja com níveis superiores de tolerância ao estresse hídrico.
– Sistematização das informações pertinentes às principais práticas de manejo da soja em rotação com o arroz irrigado, mediante um guia de práticas eficientes de manejo.
– Estímulo à integração e à troca de experiências de produtores de soja em áreas de várzea em rotação com o arroz.

Pós-colheita:
– Capacitação de dois mil técnicos, produtores, capatazes e trabalhadores, diretamente envolvidos com as atividades da pós-colheita.
– Elaboração de manual de práticas corretas de colheita e pós-colheita.
– Redução de 25% das perdas decorrentes da colheita e pós-colheita.

Mecanismos de comercialização:
– Lançamento do manual de comercialização do arroz.
– Treinamento aos técnicos do Irga sobre mercado e comercialização.
– Criação de um grupo de trabalho na cadeia produtiva para desenvolver estudos visando a criação de novas alternativas para a comercialização do arroz – via bolsa, mercado futuro, mercado de opções, etc (2008).
– Implementação das propostas de novos mecanismos privados de comercialização (2008 a 2010).

Exportação:
– Convênio com a Cesa, o terminal exportador de Rio Grande.
– Disponibilização de informativo mensal sobre o mercado internacional.
– Organizar a cadeia produtiva para missões em feiras internacionais.
– Participação em missões comerciais.
– Estabelecimento de acordos fitossanitários entre o Brasil e potenciais compradores de arroz.
– Proposta para criação do “reintegro” para alavancar as exportações.
– Execução do II Congresso Latino-americano de Economia Orizícola.

Outros projetos:
– Gerenciamento do negócio arroz
– Sistema de informações estratégicas do arroz
– Incentivo ao consumo do arroz e derivados
– Usos alternativos do arroz e derivados
– Projeto Armazenagem
– Fórum do Mercosul
– Lavoura Arrozeira
– Assessoria de imprensa
– Portal Irga
– Relacionamento e divulgação

Fonte: Irga

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