Tradição e saúde no prato

 Tradição e saúde no prato

Os mais diversos tipos de arroz: garantia de consumo saudável

O arroz é garantia de boa alimentação no cardápio diário.

O prato de arroz com feijão é um dos elementos essenciais para caracterizar o típico povo brasileiro. No entanto, o arroz, responsável por 12% das proteínas e 18% das calorias da dieta básica, é cada vez menos freqüente na refeição brasileira. Atualmente, a demanda doméstica pelo cereal é estável, sendo o crescimento populacional compensado por uma gradual redução do consumo médio per capita. 

Rico em carboidratos, o arroz, na sua forma natural, é um alimento essencialmente energético, mas pode ser também uma importante fonte de proteínas, sais minerais (principalmente fósforo, ferro e cálcio) e vitaminas do complexo B, como a B1 (tiamina), B2 (riboflavina) e B3 (niacina). Por sua origem vegetal, o cereal também é isento de colesterol, com baixo teor de gordura, e se destaca pela sua fácil digestão. 

O problema é que pouca gente sabe disso. “É visível a desinformação sobre as qualidades nutricionais e funcionais do arroz. Alguns mitos, como de que o arroz é um dos alimentos que mais engorda e tem muito colesterol, são muito disseminados”, explica o consultor Tiago Sarmento Barata, do Projeto Arroz Brasileiro. Segundo Barata, essas falsas atribuições contribuem para que o arroz seja menos consumido atualmente, quando as preocupações com a saúde e com o corpo são crescentes. 

FAST-FOOD – Além disso, essa redução no consumo per capita de arroz pode ser considerada uma conseqüência das alterações das sociedades modernas, fruto dos processos de globalização e urbanização. “O consumidor moderno exige um alimento de preparo rápido e prático, principalmente nos grandes centros urbanos, onde dispõe de menos tempo para o preparo das refeições”, frisa o consultor. 

A indústria do arroz já tem uma diversidade maior de produtos atendendo a essas necessidades, porém ainda são inacessíveis à população de baixa renda. “O fast-food e as massas pré-prontas estão ocupando esse espaço deixado pelo arroz, e tal substituição vem contribuindo para o aumento da obesidade, hipertensão e diversos outros males à saúde”, destaca o consultor.

Questão básica
O Brasil finalmente atingiu há dois anos a sua auto-suficiência no abastecimento do cereal. Juntamente com a continuidade das importações, a redução do consumo per capita agrava o desequilíbrio na balança de oferta e demanda do grão, provocandao uma depressão dos preços. Assim, a ampliação da demanda pelo cereal é necessária e só acontecerá com um aumento da participação do arroz brasileiro no mercado internacional e por uma promoção de incentivo ao consumo doméstico.

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