Tradição na política setorial

 Tradição na política setorial

Liderança: Capital do Arroz sempre teve homens fortes no setor

Cachoeira do Sul tem uma história de liderança no setor.

A Capital Nacional do Arroz sempre foi muito forte em termos de representatividade política e setorial. Gerou, ao longo de sua história de pioneirismo e empreendedorismo, inúmeros dirigentes importantes. Entre eles, o homem que deu o formato e gerou o grande impulso da pesquisa de arroz no Rio Grande do Sul, Bonifácio Carvalho Bernardes. O engenheiro-agrônomo foi responsável pela criação da Estação Experimental do Arroz, em Cachoeirinha (RS), hoje pertencente ao Instituto Rio-grandense do Arroz. Por sua iniciativa, o estado avançou significativamente na pesquisa do arroz irrigado e tornou-se uma referência nas Américas. Do município saíram também presidentes e diretores do Irga, secretários da Agricultura, dirigentes da Federarroz. 

A União Central dos Rizicultores (UCR), fundada em 1939, e ainda em atividade, é a primeira associação de arrozeiros do Brasil. O atual presidente, Gilmar Freitag, lembra que há 66 anos a entidade defende os interesses dos produtores. “Já naquela época os produtores se reuniam para debater seus problemas e buscar soluções conjuntas. Uma lição seguida até hoje”, revela. 

O Sindicato das Indústrias do Arroz do Rio Grande do Sul (Sindarroz) é outro marco da organização político-setorial dos empreendedores pioneiros de Cachoeira do Sul. Atualmente com 71 anos e sede em Porto Alegre, por quase meio século o Sindarroz teve sede no Edifício Brasília, em Cachoeira do Sul. Foi fundado e dirigido por cachoeirenses por seis décadas.
A Associação Brasileira do Arroz Parboilizado (Abiap) está próxima de completar 20 anos de criação e manteve como presidente durante todo este período o seu fundador Alfredo Albino Treichel, diretor do Engenho Treichel, de Cachoeira do Sul, integrante da Câmara Setorial do Arroz e uma das vozes ativas da indústria arrozeira brasileira. “Cachoeira do Sul tem um lugar de destaque na história do arroz brasileiro. Foi o berço desta atividade profissional no Brasil e mantém, até hoje, um papel importante na produção, no beneficiamento deste cereal e o maior evento orizícola da América do Sul”, valoriza Treichel.

 

Um pólo a serviço da orizicultura

Cachoeira do Sul não foi apenas um pólo metal-mecânico da indústria arrozeira. Ainda hoje, parte significativa de sua economia está voltada para este setor. Indústrias importantes e ligadas à orizicultura estão instaladas no município. É o caso da Masal/Fundição Jacuí, da Horbach Silos & Secadores, Agro Pertences (produção de peças para colheitadeiras), Screw (sem-fins e acessórios para colheitadeiras), Hertz Implementos Agrícolas. No rol das indústrias voltadas para a orizicultura ainda existem empresas produzindo bombas submersas para irrigação, implementos, premix para ração animal à base de casca de arroz, energia elétrica com queima da casca, entre outros. Estima-se que 20 mil pessoas – quase 20% da população – estejam ligadas, direta ou indiretamente, à cultura do arroz em Cachoeira do Sul. Quase 40% do seu PIB está ligado direta ou indiretamente a esta atividade. 

A Fundição Jacuí, hoje incorporada ao patrimônio tecnológico da Masal, foi uma das mais importantes indústrias brasileiras na fabricação de carretas agrícolas e graneleiros, tendo vencido três prêmios Melhores da Terra em inovação tecnológica.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter