GIGANTE do arroz
Em meio à crise, lavoura gaúcha colhe maior safra.
A importância do Rio Grande do Sul para a produção de arroz no Brasil está mais uma vez evidenciada. Em meio à crise de preços no Brasil, a lavoura gaúcha está colhendo a sua maior safra de todos os tempos: 6.431.400 toneladas, segundo a Conab. Isso representa 54,8% da produção brasileira de que chega a 11.737.400 toneladas na safra 2005/2006. Este número pode ser maior. Segundo dados do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), serão colhidas mais de 6,85 milhões de toneladas.
Até a segunda semana de maio, com 92% da safra colhida, o RS já alcançava 6.639.119 toneladas. Mesmo com a tendência de redução da produtividade na fase final, o estado poderá alcançar percentual ainda maior de participação na produção nacional. Produtividade é razão deste aumento de produção. A área caiu 3%, segundo a Conab.
Primordial para a sustentabilidade da lavoura, a produtividade média da lavoura gaúcha aumentou uma tonelada em três safras. Na atual, segundo a Conab, é de 6.317 quilos/ hectare. O Irga aponta 6.694 quilos/ hectare de média. Uruguaiana, com 93 mil hectares, atingiu média de oito toneladas/hectare.
TECNOLOGIA – A causa deste aumento de produtividade é o sucesso da assimilação de tecnologias pelos produtores. Projetos do Irga e da Embrapa Clima Temperado, bem como o uso de arroz híbrido da RiceTec, estão fazendo a diferença. Os produtores estão assimilando, cada vez mais, a tecnologia repassada pela…
Fique sabendo
O ex-presidente do Irga, Pery Francisco Sperotto Coelho, afirmou no II Congresso Brasileiro da Cadeia Produtiva do Arroz, no final de abril, em Brasília, que o Rio Grande do Sul deverá ultrapassar até 2010 a produção de oito milhões de toneladas por safra. Segundo ele, isso será reflexo da absorção, pelos produtores, da tecnologia que está sendo difundida pelo instituto na lavoura de arroz e o lançamento de novas cultivares de alto potencial produtivo, como o arroz híbrido, por exemplo. Crê que isso afetará muito o sistema de produção de arroz de sequeiro, que perderá competitividade.