Referência de preços

 Referência de preços

Cepea-Esalq e BM&F indicam preço do arroz.

Em abril, o projeto Arroz Cepea, que elabora o indicador de preços do arroz em casca Cepea-Esalq/ BM&F (RS), completou um ano de pesquisas. Calculado diariamente, o indicador tem como principais objetivos refletir a dinâmica do mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul e tornar-se uma referência de preço para todo o país, dando mais transparência ao mercado.

Gustavo Sousa e Silva, do Cepea, explica que o arroz, apesar de considerado uma commodity, tem especificações importantes de qualidade, que se refletem em comportamentos de preços distintos entre regiões e também por tipo.

“Destacamos que o indicador Cepea-Esalq/BM&F trata da média dos preços do arroz em casca para tipo 1, de 58 inteiros e 10 quebrados, posto na indústria do RS e ponderado pela participação de cada região no beneficiamento total gaúcho. As informações são coletadas com produtores, cooperativas, corretores e indústrias, independente da escala.

Com levantamento de dados sistematizado desde julho de 2005, o indicador registrou quedas de preços do produto até o início de outubro, quando começou uma recuperação. “Desde o começo de 2006, contudo, os preços entraram em queda, tendência ainda persistente”, revela.

Segundo ele, o levantamento também identificou as diferenças regionais, os deságios entre o preço do arroz “livre” e arroz em depósito (sem liquidação), as diferenças entre os preços nominais ofertados pela indústria e pelo produtor e os diversos comportamentos do mercado na comercialização do arroz novo e velho quando se inicia a nova safra. Sobretudo, o levantamento permite verificar os efeitos do diferencial de qualidade sobre a valorização do produto. Todos esses fatores agregam elementos relevantes para uma melhor compreensão do processo de formação de preços do arroz.

Destaque
Além da conjuntura da safra/ entressafra, os levantamentos do Cepea têm permitido constatar que muitas das dificuldades de gerenciar os problemas no curto prazo se devem a gargalos estruturais do setor. A colheita da safra atual se defronta com a indisponibilidade de estruturas suficientes para secar e armazenar a produção. Outro fator não menos importante é a escassez de transporte registrada em março e abril, o que, muitas vezes, comprometeu os negócios efetivados e a realização de novos. 

Para mais informações: www.cepea.esalq.usp.br ou 19-3429-8813.

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