Arroz cultivado na China contém metais pesados, diz relatório

Entre os outros grãos, o arroz cultivado na água é mais fácil de absorver o cádmio, que também pode se infiltrar na água.

Mais de 10% do arroz produzido na China –hoje a segunda maior economia mundial– está contaminado por metais pesados decorrentes da poluição e da rápida industrialização do país.

Esse é a conclusão de um relatório publicado na edição desta semana da revista "New Century", que menciona o cádmio como um dos elementos encontrados no arroz chinês.

As substâncias químicas, muitas vezes liberadas pela atividade da mineração, se espalhou pelo ar e pela água, poluindo grandes extensões de terras chinesas.

O relatório cita estudos acadêmicos feitos a partir de 2007 em vilas rurais ao sudoeste da China, que ficam perto de áreas industriais e de minas. Nessas regiões, surgiram doenças, principalmente nos mais velhos.

Entre os outros grãos, o arroz cultivado na água é mais fácil de absorver o cádmio, que também pode se infiltrar na água.

O estudo também alerta para o fato de que não foram realizadas, até o momento, análises mais completas sobre a toxidade e o risco à saúde com o consumo de arroz contaminado.

Largamente produzido ao sul, uma das maiores áreas produtoras da China, o arroz representa cerca de 200 milhões de toneladas por ano.

O país tem um histórico de alimentos contaminados. Recentemente, escândalos envolveram a produção de vinho tinto, cogumelos, tofu e óleo de cozinha reciclado.

Em 2008, pelo menos seis crianças morreram e 300 mil passaram mal depois de beber leite com melamina, substância que foi adicionada ao produto para dar a impressão de que continha mais proteína.

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