Federarroz reforça negociação em Brasília

Entidade se reúne com bancada gaúcha no Congresso na Assembleia Legislativa e com técnicos do Mapa e Conab nesta semana
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Representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Fetag e Farsul cumprem extensa agenda nesta semana, hoje à tarde na Assembleia Legislativa e na terça-feira na Capital Federal para buscar ações que amenizem a crise de comercialização do arroz. A média de preços da saca de 50 quilos, em casca, segundo pesquisa da Federarroz (01/04), chegou a R$ 19,37 no Rio Grande do Sul no final da última semana. O preço mínimo de garantia do governo federal é de R$ 25,80 para o mesmo padrão de arroz.

O primeiro compromisso das lideranças arrozeiras é no Plenarinho da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira, às 14h, onde mantém reunião com os deputados(as) e senadores(as) da Bancada Gaúcha no Congresso Nacional, coordenada pela deputada federal Manoela D´Ávila. Os arrozeiros apresentarão o atual cenário de comercialização, as medidas solicitadas ao governo federal, as que já foram adotadas e as que estão pendente, como forma de sensibilizar e subsidiar os parlamentares. “Enquanto há uma negociação via governo do Estado e diretamente entre o setor e o governo federal, é importante que haja um reforço das demandas e pressão nos Ministérios por meio de nossos representantes no Congresso para agilizar os mecanismos e a tomada de decisão, quando for o caso”, explica Renato Rocha, presidente da Federarroz.

“Vamos mostrar os nossos deputados que os arrozeiros e os 140 municípios que produzem arroz não têm mais como suportar esta crise e que medidas de urgência são mais do que necessárias”, acrescenta Rocha. Este encontro terá ainda a presença de dirigentes da Fetag e Farsul, entre outras entidades convidadas.

“Além de ratificar os cinco pleitos já encaminhados a presidente Dilma Rousseff pelo Governador Tarso Genro, estamos incluindo mais três pleitos: adoção do PREÇO META ao custo de produção, suspensão das importações de arroz do MERCOSUL e reescalonamento do endividamento”, acrescenta Rocha.

Nesta terça-feira, diretores e o presidente da Federarroz participam de reuniões na Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para solicitar ajustes no PEP, detalhes das opções públicas e privadas recentemente anunciadas, entre outros temas, como a suspensão das novas regras de comercialização e aplicação da lei anterior, a portaria 269. Em seguida, haverá uma reunião na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com o objetivo de resolver o impasse sobre o credenciamento de silos da CESA, entre outros, no Rio Grande do Sul. “Com a queda do dólar, voltaremos a negociar ajustes no PEP, pois o cenário foi alterado”, argumenta o líder setorial.

Por fim, os representantes da Federarroz vão participar de uma mobilização das diversas cadeias produtivas em torno da votação do Novo Código Florestal Brasileiro. A Federarroz participou ativamente da elaboração do novo conjunto de leis, com diversas sugestões encaminhadas por sua área técnica que foram aprovadas e incluídas no processo por parte do relator, o deputado Aldo Rebelo.

1 Comentário

  • Se isso tudo sair do discurso, avançaremos! Se ficar só no papel quebraremos! Parabenizo a FEDERARROZ que agora realmente está buscando atacar o mal pela raiz, ou seja, o MERCOSUL…Vai ser uma baita peleia! Vamos ver se haverá vontade política mesmo… Para nós produtores de arroz o Mercosul nunca foi útil e importante…Os poucos que foram para os outros países plantar já voltaram…Muitos de mãos abanando porque os custos lá não são tão menores que os daqui…Arroz barato só aquele que vem da Asia, colhido Deus sabe quando e intermediado e trazido pelos Americanos! Tudo está contra nós, os custos, os impostos, os preços, as importações desnecessárias, o dólar sobrevalorizado e, agora, esse tal de Código Florestal. Até parece que tão querendo que nós não plantemos mais arroz, o que vocês acham? Só que ele não dá em prateleira de mercado e um dia pode faltar…

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