Federarroz apresenta demandas à Presidência do Brasil

Lideranças setoriais serão acompanhadas por deputados e senadores gaúchos e catarinenses no encaminhamento de pedidos estratégicos para o setor.

O vice-presidente do Brasil, Michel Temer, atualmente no exercício da Presidência, em razão da viagem da presidente Dilma Rousseff à China, receberá nesta quinta-feira, às 10h30min, no Palácio do Planalto, as lideranças arrozeiras para tomar pé da grave crise de comercialização que afeta o setor. O presidente da Federarroz, Renato Rocha, apresentará os pleitos setoriais acompanhado do vice-presidente da Planície Costeira Interna da Federação, Daire Coutinho, do presidente da comissão do movimento "Te Mexe Arrozeiro", Pedro Paulo Barbosa e do deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), de deputados e senadores gaúchos e catarinenses, além de representantes da Fetag e da Farsul.

Renato Rocha entregará ao vice-presidente da República, Michel Temer, um documento com três demandas: novo mecanismo de comercialização “preço-meta” – no qual o governo federal cobriria a diferença entre o preço de mercado e o custo de produção do arroz, a suspensão temporária das importações do Mercosul até que o setor arrozeiro seja compensado e a prorrogação até 31 de outubro, das dívidas, financiamentos da safra 2010/2011, vencidas e vincendas.

Neste período, o setor negociará com o governo federal o anúncio de um pacote que reúna todas as dívidas do setor, inclusive de programas já negociados, como Pesa e Securitizacão, e as reparcele com prazo alongado. Este pedido também será protocolado no Banco do Brasil e nos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Fazenda. O setor, por fim, solicitará empenho do governo federal para ampliar as doações sociais a países em extrema pobreza ou atingidos por catástrofes e o desenvolvimento de programas para uso do arroz como matéria-prima na produção de etanol. A audiência foi marcada pelo deputado Jerônimo Goergen. “Esperamos que a discussão em nível de Presidência da República tenha efeitos práticos, com medidas que venham a impactar positivamente o preço do arroz, o que não aconteceu até agora”, disse Renato Rocha.

1 Comentário

  • Já está passando da hora do governo fazer um planejamento estratégico para a produção de arroz no Brasil. Medidas isoladas não irão resolver um problema tão complicado. Que adianta um preço mínimo abaixo do custo de produção( Nem mesmo este o governo garante)? Se existe um estoque superior ao consumo, por que o governo estimula aumento da produção com crédito oficial? Se o Brasil prefere importar do Mercosul, por que não renegocia as dívidas do setor com a exigência da reconversão da atividade arrozeira para outra que seja econômicamente viável? Será que a falta de planejamento trás vantagem para algum grupo econômico?

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