Epidemia de obesidade

 Epidemia de obesidade

Outra questão básica, que já está sendo trabalhada pela cadeia produtiva, são as campanhas para acabar com o mito de que o arroz engorda. “Se engordasse, os japoneses e chineses seriam as pessoas mais obesas do mundo. Na realidade é exatamente o contrário. Os vietnamitas comem ainda mais arroz que todo mundo e são mais magros que os japoneses.

Por outro lado, os japoneses ou descendentes de japoneses que estão no Brasil são mais gordos porque mudaram seus hábitos alimentares e, a exemplo dos brasileiros, aderiram aos fast foods, às frituras, etc”, compara o presidente do Irga, Cláudio Pereira. 

Esta preocupação é endossada por outro dado levantado pela pesquisa do IBGE que mostra que o país vem sofrendo uma epidemia de obesidade. De acordo com o levantamento do instituto, o sobrepeso já atinge 30% das crianças entre 5 e 9 anos, 20% da população de 10 a 19 anos e entre os adultos o dado fica ainda mais estarrecedor: 48% das mulheres e 50,1% dos homens estão obesos. 

“Estamos passando por uma epidemia de obesidade. E a mudança do hábito alimentar é a principal causa dessa situação de risco”, garante o médico Carlos Augusto Monteiro, coordenador científico do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP) e professor da Faculdade de Saúde Pública (FSP-USP). Segundo ele, a troca de alimentos tradicionais como arroz, feijão, carne, leite, ovos, verduras e frutas por alimentos industrializados prontos para consumo “favorece não só a obesidade, mas doenças crônicas como diabete, doenças cardiovasculares e vários tipos de câncer”.

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