Gigante pela própria natureza

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Brasil colhe a maior safra de arroz de toda a sua história.

A cadeia produtiva do arroz fez sua parte e tornou o país autossuficiente no principal alimento que compõe sua cesta básica. O Brasil está terminando de colher a maior safra de sua história, com 13.461,5 toneladas do cereal, para fazer frente a um consumo de 12,8 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A melhor tecnologia aplicada pelos produtores e o clima muito bom no sul do Brasil fizeram a diferença nesta safra, que aumentou em 15,4% em comparação à colheita 2009/10. No ano passado, a safra alcançou 11.660,9 toneladas, em 2.764,8 hectares, mas foi muito castigada pelas chuvaradas no Sul.

A lavoura brasileira cresceu 3,7% e alcançou 2.866,2 hectares, com destaque para a maior área do Brasil, o Rio Grande do Sul. Com o clima bom, os gaúchos tentaram tirar o prejuízo das perdas de 2009/10 aumentando as lavouras e acabaram ajudando a aumentar a produtividade nacional em 12,3%, que saltou mais de 500 quilos, de 4.218 quilos por hectare para 4.735. A analista da Conab Regina Celia Gonçalves Santos explica que a qualidade do produto que está sendo colhido em todo o Brasil é muito boa.

Segundo dados da Conab, mais de 80% da produção brasileira de arroz resulta de lavouras irrigadas, uma tendência crescente verificada desde o final dos anos 70. Atualmente, 73,4% deste cereal é colhido nas lavouras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com participação também do Mato Grosso do Sul, Tocantins, Roraima, Goiás, Minas Gerais, Ceará e Bahia. Se por um lado isso mostra a eficiência do sistema diante da antiga produção de sequeiro, por outro acaba concentrando a produção e dificultando o escoamento, gerando problemas de mercado pela grande oferta durante e logo após a colheita.

A produção em sistema tropical tem rendimento menor, mas o custo de produção também fica abaixo do cultivo irrigado. Nos estados do Centro-oeste tem sido percebida uma reação na qualidade e na produtividade do grão produzido, principalmente com a evolução das variedades utilizadas e do sistema de cultivo em áreas velhas, com rotação cultural e recuperação de pastagens. Se a área segue em queda, ao menos os especialistas apostam numa estabilidade futura pela alternativa do grão nestes sistemas.

 

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