Arroz precisa de políticas compensatórias para competir

Segundo o presidente do IRGA (Instituto Rio Grandense do Arroz), Claudio Brayer Pereira, as ações do governo são importantes para superar as crises subsequentes que assolam o setor.

O "Dia do Arroz Irrigado" teve sequencia nesta tarde com o Fórum "Repensando a Lavoura do Arroz" – Alternativas Técnicas e Comercialização. Para o deputado federal Marco Maia, a cultura precisa de políticas compensatórias por parte dos governos federal e estaduais. "Somente assim conseguiremos competir com os produtores uruguaios e argentinos", afirma.

Segundo o presidente do IRGA (Instituto Rio Grandense do Arroz), Claudio Brayer Pereira, as ações do governo são importantes para superar as crises subsequentes que assolam o setor. "Mas isto não basta. É necessário buscar alternativas tecnológicas", adverte. "O Estado tem de dar condição para o produtor escolher o modelo mais adequado de produção", acredita. Para ele, é possível pensar, por exemplo, em arroz agroecológico e ecobiológico em grande escala, e não apenas restrito a agricultura familiar. "Mas é claro que isto leva tempo", frisa.

Para Pereira, o setor orizícola está numa crise de custo de produção e não de preços. "Temos que transferir a renda para quem trabalha, e não apenas para a ponta da cadeia", relata, dando a entender que as indústrias e os supermercados ficam com a maior parte do lucro.

O presidente da Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs), Emerson Giacomelli, relatou sua experiência na produção de arroz ecológico. "Buscamos este caminho em função dos custos das lavouras", destaca.

Segundo ele, o novo modo de produção baixou os gastos, transferiu renda para as famílias e trouxe um alimento saudável. "Nos deu autonomia e sustentabilidade, já que somos responsáveis por todos os elos da cadeia, desde a produção até a comercialização", destaca. As famílias ligadas à
Coceargs irão plantar 3.393 hectares de arroz na safra 2011/12. "Agora, nosso desafio é a diversificação de culturas na pequena propriedade, como leite e frutas". finaliza.

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