Conab prevê produção nacional de arroz em 11,27 milhões de toneladas

A redução da área semeada foi confirmada e as causas são: a dificuldade de comercialização, preços pouco atrativos, aumento no custo de produção e falta de água nos reservatórios (corpos d’água, açudes e barragens), no momento da semeadura.

Situação geral

A lavoura de arroz da safra 2011/12 no Rio Grande do Sul começou a ser semeada no mês de setembro, logo após o solo ter atingido a temperatura mínima para provocar a germinação das sementes. A lavoura semeada nesta época começou a ser colhida em fevereiro, antecipando assim, o início da safra 2011/12.

A redução da área semeada foi confirmada e as causas são: a dificuldade de comercialização, preços pouco atrativos, aumento no custo de produção e falta de água nos reservatórios (corpos d’água, açudes e barragens), no momento da semeadura. Na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, onde se concentra a produção do arroz irrigado do estado, a redução ficou ao redor de 10% se comparada à cultivada na safra anterior. Na região central do estado (depressão central), a redução ficou próxima dos 25%, nas outras regiões houve redução, embora em percentual menor, e a exceção foi a região sul do estado, onde a área cultivada foi semelhante a safra anterior. As culturas que substituíram o arroz foram: a soja, o milho e o pastejo bovino. Alguns produtores aproveitaram o momento para limpar as áreas infestadas com arroz vermelho resistente ao herbicida only (imazetapir ), usado como herbicida nas semeadura das variedades CL (Clearfield).

O pacote de insumos foi menor devido ao aumento dos preços dos produtos no mercado, principalmente os nitrogenados. Nos demais estados produtores, a semeadura teve início no mês de outubro e se estendeu até novembro. Em Santa Catarina, segundo maior produtor do arroz irrigado, a variação da área foi pequena, pois as áreas cultivadas são praticamente todas sistematizadas, usam sementes pré-germinadas e dificilmente servem para o cultivo de
outros produtos. Neste estado ocorreu atraso na semeadura, o que diminui a possibilidade dos produtores colherem o arroz produzido na soqueira (brotação após a colheita). No Paraná a diminuição de área do cultivo irrigado é mínima, mas, na área de sequeiro a queda é acentuada.

O arroz de sequeiro cuja a área em nível de Brasil equivale ao irrigado, começou a ser semeado no final de outubro na região Centro-Oeste e nas regiões Norte e Nordeste a partir de fevereiro. O cultivo do sequeiro está diminuindo safra a safra, mas, a queda não aparece na produção brasileira, porque o arroz irrigado vem num constante crescimento de produtividade, com lançamento de novas variedades altamente produtiva e a disseminação do cultivo dos híbridos que alcançam produtividades acima da média das variedades comuns.

No momento deste levantamento (24 a 20/02/12), a lavoura de arroz apresenta variações que vão desde o desempenho satisfatório, até a situação crítica pela falta de água para irrigação. As lavouras que menos sofreram com a falta de água estão situadas em Santa Catarina, na fronteira Oeste (Alegrete e Uruguaiana), litoral Sul e litoral Norte e região metropolitana de Porto Alegre. Nos municípios da região de Pelotas a salinização da água da lagoa está alta, e as lavouras que usam a água deste manancial para a irrigação, poderão sofrer consequências no final do ciclo da cultura.

O estado mais atingido pela estiagem é o Rio Grande do Sul. Os produtores que utilizam para irrigação a água de pequenos açudes, riachos ou córregos e rios com pequena vazão, enfrentam sérios problemas. Na região central do estado ( Restinga Seca e Cachoeira do Sul), e na região da Campanha (Regional de Rosário do Sul), existem lavouras: sem irrigação, sub irrigadas e com deficiência na irrigação. Devido a esta situação, a produtividade das lavouras atingidas tende a ser menor, mas, a quantificação está dificultada, pois o evento diminuiu somente nesta semana.

Área cultivada

A área cultivada com arroz na safra 2011/12 deve ficar em 2.515,1 mil hectares, 10,8% menor que a área da safra anterior. A maior variação está relacionada ao arroz da região Centro-Sul (13,1%) e em menor índice a região Norte (8,2%) e a Nordeste (6,4%).

Sistema de cultivo

O cultivo do arroz irrigado adota os sistemas: Plantio Direto, Cultivo Mínimo e Plantio Pré-Germinado. No Rio Grande do Sul o cultivo mínimo atinge 68,3%, o Plantio Convencional 22,1% e o pré-germinado 9,6% do total cultivado no estado. Em Santa Catarina predomina o sistema de cultivo em patamares sistematizados, onde são usadas basicamente sementes pré-germinadas. Já o arroz de sequeiro utiliza o sistema de plantio direto para as áreas cultivadas repetidamente, e o plantio convencional para as áreas de abertura recente. Nas regiões Norte e Nordeste, o predomínio é do plantio convencional tradicional.

Produtividade

Pelos fatores de produção do momento, que influenciam na produtividade, é possível estimar a produtividade em torno de 4.481 kg/ha para o arroz brasileiro. A metodologia utilizada pela Conab para estimar a produtividade, prevê o uso da média obtida nas cinco últimas safras, descartando-se os resultados atípicos. O bom senso também é uma ferramenta levada em conta quando os fatores que interferiram na produtividade podem ser duradouros, como por exemplo, o emprego de tecnologia e o aprimoramento do cultivo pelos produtores. Nesta safra, a semeadura do arroz irrigado no Rio Grande do Sul ultrapassou o período ideal para a semeadura e pode diminuir a produtividade das áreas semeadas mais tarde. Pesquisas realizadas pelo IRGA – Instituto Riograndense do Arroz, comprovam que a produtividade cai à medida que o período de semeadura avança no tempo. A produtividade do arroz de sequeiro tem mantido a constância de 3.000 kg/ha. O clima influenciou a quantidade de grãos inteiros e as lavouras colhidas até o momento apresentam rendimento inferior ao esperado e menor que na safra anterior. Uma preocupação a mais para os produtores devido à nova tabela de classificação em vigor.

Produção 

Pela área cultivada e a situação atual da lavoura de arroz, a produção nacional de arroz pode ficar ao redor de 11.267,7 mil toneladas. Os mananciais de irrigação do Rio Grande do Sul ficaram abaixo da capacidade de irrigação , e permanece a previsão de chuvas abaixo da média para os próximos meses . Para as regiões Norte e Nordeste que começou a semeadura a partir do mês de fevereiro, o fator limitante é o clima e as informações disponíveis no momento não permitem avaliar com segurança o comportamento deste fator no período de desenvolvimento da cultura.

Estágio da cultura 

Na região Sul a semeadura foi concluída no início de dezembro, e as áreas semeadas no início de outubro começam a ser colhidas em fevereiro e as demais estão no final do ciclo, predominando a maturação. Na região Centro-Oeste, onde a semeadura depende do período chuvoso, os trabalhos tiveram início a partir do mês de outubro e no momento as laouvras estão no período de frutificação e maturação.

 

A íntegra do relatório do Sexto Levantamento Nacional da Safra de Grãos pode ser baixada em nossa área de downloads.

2 Comentários

  • JA EXISTE OFERTA DE ARROZ TIPO 1 EM FARDO NA REGIAO NORTE-NORDESTE (MARANHÃO, PARÁ, PIAUÍ) Á R$ 40,00 O FARDO……SÓ QUE O FRETE PARA LA É DE R$ 10,00 POR FARDO…..FACAM AS CONTAS….PREÇO DESPENCANDO….PREÇO COM FRETE JA INCLUIDO.

  • NESTE PREÇO QUE SOBRA DE R$ 30,00 AINDA TEM QUE TIRAR ICMS (7%), PIS/COFINS, EMBALAGEM, COMISSÃO REPRESENTANTE (3%), FINANCEIRO (PRAZO DE VENDA DO FARDO 40 DIAS), ETC…….. ESTE FARDO TERIA QUE SER VENDIDO NO MINIMO, A R$ 45,00……VEM AHII PRESSÃO FORTE DAS INDUSTRIAS PARA COMPRAR ARROZ EM CASCA BARATO………QUEM VIVER, VERÁ…..

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