Produção de grãos aumentará 21% até 2021/22

Segundo Gasques, esse aumento de produção será puxado pela soja, que terá um avanço de produção de 25,1% no período para 88,913 milhões de toneladas, seguido de trigo, milho, arroz e feijão.

A produção nacional agrícola – considerando soja, milho, trigo, arroz e feijão – deverá alcançar 185,606 milhões de toneladas na safra 2021/22, representando aumento de 21,1% em comparação com o volume atual 2011/12.

Os dados foram informados pelo coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, em apresentação na 11ª Feira Latino-Americana da Indústria de Aves e Suínos (AveSui América Latina), em São Paulo.

Segundo Gasques, esse aumento de produção será puxado pela soja, que terá um avanço de produção de 25,1% no período para 88,913 milhões de toneladas, seguido de trigo (alta de 22,1%, para 6,937 milhões de toneladas), milho (aumento de 18,1%, para 70,421 milhões de toneladas), arroz (alta de 15,4%, para 15,242 milhões de toneladas) e feijão (avanço de 12,8%, para 4,093 milhões de toneladas).

“Todo esse aumento de produção acarretará um aumento de área de apenas 9%. Cada vez mais, por conta do aumento da demanda mundial por alimentos, teremos que produzir mais com menos (área). O agro precisa se reinventar e já está fazendo isso”, disse Gasques.

Segundo ele, o maior desafio de aumento de produção no caso de grãos será o milho, porque precisa ser mais veloz do que o avanço da demanda. “O insumo está sendo consumido intensamente pela cadeia de carnes e também como fonte alternativa de energia”, ressaltou o coordenador-geral.

Gasques comentou que a produção do cereal está bem menor do que a média potencial nacional. “Hoje, a produção no País por hectare de milho está, em média, em 4 toneladas. O potencial atual é de 9 toneladas por hectare”, explicou.

Gasques prevê que neste ano os preços do milho deverão ter uma queda, mas as cotações ainda ficarão acima das médias históricas e, em 2013, os valores voltarão a ter uma trajetória de alta.

Esse movimento será acompanhado pelos outros grãos, como a soja. “Para o produtor de milho e de soja, a rentabilidade ficará garantida. Mas para os produtores de carne, principalmente suínos e aves, a pressão de custos continuará e podemos ver mais gente deixando atividade”, declarou o especialista.

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