Renovam-se as esperanças
O arroz é um grão social, e como tal deve ser tratado.
Chegamos ao início da colheita 2011/2012. Planeta Arroz alcança 12 anos de circulação ininterrupta e assim, em todo esse tempo ao lado do arrozeiro, conclui que mais uma vez não será colhida apenas uma safra de arroz, mas uma safra de esperanças. Esperanças em melhores preços, renda, soluções efetivas e medidas estruturantes para a lavoura, as dívidas, o crédito, o mercado. É evidente que a lavoura de arroz deve ter um acompanhamento diferenciado por parte do governo federal, mas também do governo estadual. Afinal de contas, 150 municípios da região mais pobre do estado têm no arroz sua principal fonte de receita. Se o arroz vai mal, as cidades também vão. E se 150 municípios têm queda de receita, há efeito social e econômico que impacta o estado inteiro.
O arroz é um grão social, e como tal deve ser tratado. Não está errado o produtor que argumenta que produz alimento. E alimento básico para o brasileiro. E por isso deve ter tratamento diferenciado. Em 2011, o governo federal atendeu a praticamente todos os pleitos desta cadeia produtiva, principalmente no tocante à comercialização. Só não fez mais porque faltavam armazéns credenciados. E porque pecou ao não ajudar a bancar uma campanha nacional de incentivo ao consumo e criar algum mecanismo de controle do ingresso em excesso do arroz do Mercosul, medidas que já estão em tratativas e estarão no alto da pauta da orizicultura com o governo federal em 2012. Aliás, já estão, mas serão corroboradas fortemente na 22ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz.
Tem razão o presidente da Federarroz quando diz que “o arrozeiro, antes de tudo, tem um compromisso com a produção de alimentos, com a segurança alimentar do Brasil e com o desenvolvimento do país. E merece ser reconhecido por esse diferencial de importância”.