Conselho de Agrometeorologia divulga boletim de prognósticos e recomendações para o trimestre

O boletim ainda prevê orientações específicas para as culturas do arroz, milho, feijão, soja, hortaliças, para a fruticultura e para as forrageiras.

O Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do RS (COPAAERGS) divulgou nesta sexta-feira (6) a versão final de seu boletim com os prognósticos e recomendações para o período de julho a setembro no Rio Grande do Sul. O documento foi elaborado em reunião ocorrida na quinta-feira, na sede da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). O encontro reuniu representantes do Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS), do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), da Empresa de Assistência Técnica Rural (Emater-RS/Ascar) e do 8º Distrito de Meteorologia.

Entre as orientações gerais, os integrantes do conselho salientaram que os agricultores devem observar as práticas de rotação de culturas no sistema de produção e, em áreas não cultivadas, manter a cobertura do solo, além de aproveitar o período de inverno para armazenar água. Para as culturas de inverno, o documento aconselha a concluir a semeadura o mais breve possível nas regiões onde houve atraso desta fase por deficiência hídrica e promover práticas de manejo visando a adubação de cobertura, controle de pragas, doenças e plantas daninhas. O boletim ainda prevê orientações específicas para as culturas do arroz, milho, feijão, soja, hortaliças, para a fruticultura e para as forrageiras.

Estiagem e prejuízos

Durante a reunião, foram discutidos o impacto da estiagem nas lavouras do Rio Grande do Sul e a falta de chuvas. A exemplo do verão, os últimos três meses foram caracterizados pela escassez generalizada de chuvas no Estado, em especial nas regiões central e noroeste. A avaliação foi apresentada pela agrônoma Bernadete Radin, agrometeorologista do CemetRS.

As maiores quebras no rendimento foram registradas na soja, com 50,40% (área plantada de 4.107.111 hectares, produção de 5.858.318 toneladas e rendimento de 1.426 quilos por hectare) e no milho, com 49,79% (área plantada de 1.154.870 hectares, produção de 3.046.010 toneladas e rendimento de 2.638 quilos por hectare), conforme o agrônomo Dulphe Pinheiro Machado Neto, gerente técnico do Emater/RS-Ascar. O trigo atualmente está com plantio atrasado, também devido à estiagem. “O solo muito seco não oferece a mínima condição para as máquinas entrarem”, comentou.

O agrônomo Elio Marcolin, do Irga, informou que a produtividade da lavoura de arroz caiu de 7.675 quilos por hectare (safra 2010/2011) para 7.441 quilos por hectare (safra 2011/2012). Essa redução não se deveu, porém, às condições meteorológicas, e sim ao manejo da lavoura, em especial o descrédito dos produtores em função dos baixos preços. A próxima safra tem previsão de plantio de 1.025.682 hectare, mas “se não chover 500 a 600 milímetros nos próximos meses, essa área deve diminuir”, afirmou Marcolin. Atualmente, a maioria dos mananciais hídricos usados na irrigação da lavoura do arroz na Campanha e na Zona Sul estão abaixo da capacidade.

Segundo o meteorologista Solismar Prestes, do 8º Distrito de Meteorologia, diversos modelos indicam o aquecimento das águas do Pacífico Central e uma possível formação do fenômeno El Niño, caracterizado pela abundância de chuvas, nos próximos meses. Prestes, no entanto, advertiu que ainda é muito cedo para ter certeza sobre a ocorrência do El Niño. “Devemos esperar mais alguns meses”, salientou.

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Publicação 05.07.2012 às 17:44
Conselho de Agrometeorologia divulga boletim para o trimestre
Fernando Spilki participou do encontro como convidado Fernando Spilki participou do encontro como convidado – Foto: Fernando Dias

O Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do RS (COPAAERGS) divulgou nesta sexta-feira (6) a versão final de seu boletim com os prognósticos e recomendações para o período de julho a setembro no Rio Grande do Sul. O documento foi elaborado em reunião ocorrida na quinta-feira, na sede da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). O encontro reuniu representantes do Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS), do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), da Empresa de Assistência Técnica Rural (Emater-RS/Ascar) e do 8º Distrito de Meteorologia.

Entre as orientações gerais, os integrantes do conselho salientaram que os agricultores devem observar as práticas de rotação de culturas no sistema de produção e, em áreas não cultivadas, manter a cobertura do solo, além de aproveitar o período de inverno para armazenar água. Para as culturas de inverno, o documento aconselha a concluir a semeadura o mais breve possível nas regiões onde houve atraso desta fase por deficiência hídrica e promover práticas de manejo visando a adubação de cobertura, controle de pragas, doenças e plantas daninhas. O boletim ainda prevê orientações específicas para as culturas do arroz, milho, feijão, soja, hortaliças, para a fruticultura e para as forrageiras.

Estiagem e prejuízos

Durante a reunião, foram discutidos o impacto da estiagem nas lavouras do Rio Grande do Sul e a falta de chuvas. A exemplo do verão, os últimos três meses foram caracterizados pela escassez generalizada de chuvas no Estado, em especial nas regiões central e noroeste. A avaliação foi apresentada pela agrônoma Bernadete Radin, agrometeorologista do CemetRS.

As maiores quebras no rendimento foram registradas na soja, com 50,40% (área plantada de 4.107.111 hectares, produção de 5.858.318 toneladas e rendimento de 1.426 quilos por hectare) e no milho, com 49,79% (área plantada de 1.154.870 hectares, produção de 3.046.010 toneladas e rendimento de 2.638 quilos por hectare), conforme o agrônomo Dulphe Pinheiro Machado Neto, gerente técnico do Emater/RS-Ascar. O trigo atualmente está com plantio atrasado, também devido à estiagem. “O solo muito seco não oferece a mínima condição para as máquinas entrarem”, comentou.

ARROZ

O agrônomo Elio Marcolin, do Irga, informou que a produtividade da lavoura de arroz caiu de 7.675 quilos por hectare (safra 2010/2011) para 7.441 quilos por hectare (safra 2011/2012). Essa redução não se deveu, porém, às condições meteorológicas, e sim ao manejo da lavoura, em especial o descrédito dos produtores em função dos baixos preços. A próxima safra tem previsão de plantio de 1.025.682 hectare, mas “se não chover 500 a 600 milímetros nos próximos meses, essa área deve diminuir”, afirmou Marcolin. Atualmente, a maioria dos mananciais hídricos usados na irrigação da lavoura do arroz na Campanha e na Zona Sul estão abaixo da capacidade.

Segundo o meteorologista Solismar Prestes, do 8º Distrito de Meteorologia, diversos modelos indicam o aquecimento das águas do Pacífico Central e uma possível formação do fenômeno El Niño, caracterizado pela abundância de chuvas, nos próximos meses. Prestes, no entanto, advertiu que ainda é muito cedo para ter certeza sobre a ocorrência do El Niño. “Devemos esperar mais alguns meses”, salientou.

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