Para ficar na história

Entre os dias 21 e 23 de fevereiro os olhos da cadeia produtiva de arroz do Brasil e do Mercosul estarão voltados para a cidade de Restinga Seca (RS), onde acontecerá a 23ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz. O evento, promovido pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e a Associação de Arrozeiros de Restinga Seca, costuma pautar os temas desta cadeia produtiva durante o ano. Marcado por reunir tecnologia, cursos, debates, reuniões setoriais, políticos, análises de conjuntura de mercado e estabelecer a pauta de demandas setoriais e negociações com os governos, o evento promete ser um dos maiores da história em público, fazendo prever entre 12 mil e 15 mil visitantes nos três dias de atividades. O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e o governador do RS, Tarso Genro, participarão do evento.

“Na Abertura da Colheita, além do ato simbólico político e setorial, o setor produtivo estabelece suas estratégias para atuar ao longo do ano em defesa dos interesses do setor, mas também é oferecida uma programação que prima pela formação ou ampliação do conhecimento do produtor acerca de tecnologias, formação de mão de obra e comportamento do mercado”, confirma Renato Rocha, presidente da Federarroz.

“Restinga Seca está de braços abertos esperando a lavoura de arroz e seus representantes. Temos certeza que o evento terá grande sucesso”, explica Mauro Schunke, prefeito do município. O presidente da Associação de Arrozeiros de Restinga Seca, Cláudio Possebon, afirma que o parque de eventos do município, inaugurado em 2012, passou por melhorias para receber mais uma vez a abertura da colheita. “Com a experiência acumulada da 22ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, no ano passado, temos condições de fazer um evento ainda mais grandioso”, revela.

TECNOLOGIA

Um número recorde de empresas apresentará experimentos na Vitrine Tecnológica nesta edição, pois o espaço foi ampliado também para tecnologias de cultivo e manejo da soja em várzea. “Hoje não dá mais para dissociar a soja da cultura do arroz na metade sul do estado. A área de soja já representa praticamente um quarto das áreas de arroz e entrou como cultura importante na rotação, agregando importantes variáveis. Desde a limpeza da área de inços importantes, como o arroz vermelho, até a própria conjuntura de comercialização, pois quem produz pode vendê-la no primeiro semestre, segurando o arroz para o segundo semestre, quando está mais valorizado”, revela Renato Rocha.

O dirigente explica que a inclusão da oleaginosa na Vitrine Tecnológica se dá por tratar-se de uma cultura nova nas terras baixas, cujo manejo ainda está sendo aperfeiçoado. “O interesse é mostrar o que há de melhor em tecnologias para assegurar estabilidade na produção e rentabilidade à lavoura, sem contar as vantagens que a cultura traz para o arroz em rotação”, frisa o presidente da Federarroz.