Debate sobre cadeia produtiva do arroz promete movimentar o 1º Festival de Gastronomia RS

O setor orizícola é um dos mais importantes da economia gaúcha. Somente nas safras 2011/2012 e 2012/2013, respectivamente, o Rio Grande do Sul colheu 7,7 milhões e 8 milhões de toneladas de arro.

A Câmara Setorial do Arroz da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) terão destaque em pelo menos três temas da programação do 1º Festival de Gastronomia RS. Os assuntos vão desde o aproveitamento do grão na merenda escolar, seus benefícios para a saúde e as alternativas gastronômicas para o consumo. A intenção é aproveitar o ambiente do Festival como oportunidade de ampliar o debate sobre importância do arroz na nutrição humana e a riqueza da diversidade no seu uso.

O setor orizícola é um dos mais importantes da economia gaúcha. Somente nas safras 2011/2012 e 2012/2013, respectivamente, o Rio Grande do Sul colheu 7,7 milhões e 8 milhões de toneladas de arroz.

O Governo do Estado reinstalou a Câmara Setorial do Arroz em fevereiro de 2011. Desde então, uma série de políticas federais e estaduais garantiram recordes de valores para os mecanismos de comercialização e ajudaram na reorganização do escoamento da produção. Para a safra de 2010/2011, por exemplo, o investimento de R$ 1,2 bilhão garantiu a comercialização de 4 milhões de toneladas, a exportação recorde de 2,09 bilhões de toneladas de arroz e a efetivação da Medida Provisória nº519 que permitiu a doação de 500.000 toneladas de arroz para assistência humanitária em programas da ONU.

Ações importantes

A partir da intermediação do governo do RS, o governo federal reconheceu as dificuldades dos produtores e atendeu reivindicações do setor prorrogando e parcelando dívidas dos arrozeiros, o que garantiu retorno ao crédito oficial a diversos produtores.

Conforme o Presidente do Irga, Claudio Pereira, outras ações foram importantes para os avanços da orizicultura. A realização do concurso público para o Irga – demanda pendente há mais de 30 anos – demonstra a atenção do governo com o setor arrozeiro.

Pereira cita ainda o desenvolvimento da primeira cultivar de soja para várzea, a TEC-IRGA6070, que compõe o programa de rotação de culturas. O cultivo de soja e milho em microcamalhão nas áreas planas do Rio Grande do Sul permite que o produtor tenha alternativa de renda e melhoria das condições do solo. A construção do Centro de Excelência na Difusão de Tecnologias Orizícolas, a aquisição de equipamentos e máquinas para modernizar a pesquisa e o treinamento de técnicos e produtores terão resultados diretos na produtividade. Da mesma forma, o desenvolvimento do Programa de Secagem e Armazenagem na Propriedade Rural trará benefícios na conservação dos grãos e na estratégia de comercialização.

O coordenador da Câmara Setorial do Arroz, César Marques, cita o lançamento de novas variedades de arroz, IRGA 426, 427 e 428, como forma de abastecer o mercado de sementes com excelente potencial produtivo – assim como o incentivo ao cultivo de arroz agroecológico através do empréstimo de uma UBS (Unidade de Beneficiamento de Sementes) para a melhoria da qualidade das sementes dos assentamentos rurais.

Com o aumento da produtividade do arroz nos últimos anos, a preocupação do produtor está no excesso de produção. Para contornar este problema, um trabalho conjunto entre ABIARROZ e a ApexBrasil no Programa de Internacionalização do Arroz Brasileiro proporciona para as indústrias arrozeiras os estudos de mercado e cursos de capacitação para a exportação. Com este objetivo, o Governo do Estado, através da Seapa e Irga, participa de diversas visitas técnicas internacionais. Recentemente, uma comitiva liderada pelo Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, visitou a Nigéria (maior importador de arroz brasileiro) para verificar as possibilidades estabelecer um intercâmbio técnico-comercial que visa desenvolver transferência de tecnologia e oportunidade de negócios na África para o arroz gaúcho.

Conjuntura do Mercado

Exportações ano comercial 2012/2013: 1.470.492 toneladas
Importações ano comercial 2012/2013: 1.077.283 toneladas
Preços estáveis entre R$ 33,00 e R$ 35,00 por sacos de50 kgbase casca (Jun/2013)
Produção da safra colhida em 2013: 8.026.422 (2ª maior da história)
Produtividade da safra de 2013: 7.426 Kg/ha

Fique Atento

Diálogos Transversais – Seminário “Alternativas do Arroz na Alimentação Humana”
Local: Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio – na Casa de Pedra

Data: 28 de junho:

13h30 – "Alimentação Escolar no Estado do Rio Grande do Sul"
Dra. Sandra dos Reis Pinho – Coord. da Assessoria de Apoio à Alimentação Escolar da Secretaria da Educação – RS

14h15 – "Arroz, seus Nutracêuticos e a Saúde humana"
Dra. Denize Ziegler – Coord. do Instituto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Alimentos para a Saúde – Unisinos.

15h – "Arroz e Gastronomia: Muito Além da Panela"
Dra. Isabel Kasper Machado – Prof. da Gestão e Gastronomia em Serviços de Alimentação" – Unisinos


O FESTIVAL

O 1º Festival de Gastronomia RS pretende mostrar e valorizar a diversidade da culinária gaúcha por meio dos produtos do Estado. Durante a programação, serão repensadas as práticas culinárias com base na história e cultura que constituem a gastronomia regional. Com a temática voltada à alimentação, serão promovidos encontros, descobertas e trocas de conhecimentos.

O Festival aproximará chefes de cozinha, cozinheiros, empresários, estudantes e profissionais do setor de alimentação e bebidas dos produtores locais, evidenciando o processo de transformação dos insumos até a elaboração dos pratos que chegam à mesa dos consumidores. O 1º Festival de Gastronomia é realizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio e Casa Civil/ Grupo de Trabalhoem Gastronomia Regional. OGrupo foi criado pelo governo do estado em 2011 com a finalidade de pesquisar e divulgar a Gastronomia Regional do Estado do Rio Grande do Sul.

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