O futuro ao alcance da lavoura
Mapa projeta
crescimento da
produção nacional
até 2022
.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou o estudo “Projeções do agronegócio do Brasil – 2011/12 a 2021/22”, desenvolvido pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE/Mapa). O trabalho prevê uma safra de 15,2 milhões de toneladas em 2021/22 e um crescimento médio anual de 1,4% sobre a produção orizícola nacional. A meta do estudo é estabelecer um cenário adequado à adoção de políticas agrícolas para a cadeia produtiva.
As projeções indicam que a maior parte da produção orizícola está concentrada em cinco estados: Rio Grande do Sul, com cultivo irrigado e 64,3% da safra em 2011/12; Santa Catarina, também irrigado, com 9,2% da safra brasileira; Mato Grosso, com 3,7% da colheita nacional, em terras altas; Maranhão, com 5,6% em cultivos irrigados, de sequeiro e terras altas; e Tocantins, que alcança 3,8% da produção com sistemas irrigados e de terras altas.
Com base neste cenário, as projeções de produção e consumo de arroz do governo brasileiro mostram uma situação de equilíbrio entre as duas variáveis, o que faz prever a necessidade de importações de arroz nos próximos anos. A safra projetada para 2021/22 tem um volume de 15,2 milhões de toneladas, que equivale ao crescimento médio anual de 1,4%, retroativo a 2011/12.
O acréscimo de produção ocorrerá por ganhos em produtividade do arroz irrigado no sul do Brasil, uma vez que o grão do seco tem reduzido seu espaço devido à menor incorporação de novas terras em fronteiras agrícolas. Caso típico é o do Mato Grosso, cuja produção reduz acentuadamente.
CONSUMO
O consumo de arroz crescerá menos. Estabilizado em torno de 12,5 milhões de toneladas por ano, o governo projeta evolução à taxa anual de 1% atingindo a demanda de 13,9 milhões de toneladas em 2021/22. Assim, o consumo será atendido pela safra, estoques privados e públicos, e é projetada uma importação de 800 mil toneladas anuais. A estimativa de superfície cultivada indica redução nos próximos anos. A lavoura nacional está em queda, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, e no Rio Grande do Sul está entre estagnada ou com pequena tendência de aumento, de acordo com o cenário de preços e o clima. O uso de culturas alternativas em várzea intensifica essa tendência de manutenção de área ou pequeno crescimento. Desta forma, o estudo do Mapa prevê que a produtividade será a principal variável no comportamento desse produto nos próximos anos.
A área deve baixar de 2,8 milhões de hectares em 2011/12 para 1,9 milhão de hectares em 2021/2022, em redução de 900 mil hectares. O Mapa considera que essa queda não ocorrerá no Rio Grande do Sul, mas em estados que cultivam o grão em sequeiro, com menor capacidade competitiva e qualidade.