Henrique Dornelles, da Federarroz, critica custos e aponta gargalos para exportar

 Henrique Dornelles, da Federarroz,  critica custos e aponta gargalos para exportar

Dornelles participou de reunião com a cadeia produtiva gaúcha

Presidente reforça, na Câmara Setorial, a importância da exportação.

O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) Henrique Osório Dornelles fez um pronunciamento forte nesta quarta-feira (25/9) à tarde, durante reunião da Câmara Setorial Estadual do Arroz, na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), em Porto Alegre (RS). Ele reforçou a posição da entidade sobre a necessidade do Brasil manter-se como um grande exportador para assegurar o equilíbrio do mercado interno e reduzir o impacto das importações excedentes do Mercosul.

Enfatizou, porém, que para alcançar este objetivo é preciso vencer gargalos de infraestrutura verificados pela entidade na última semana no Porto de Rio Grande. “São precisos investimentos em logística para reduzir custos e ampliar a competitividade do grão brasileiro”, alertou. Dornelles pontuou as demandas da estrutura portuária e de escoamento do cereal. “A cadeia produtiva tem consciência de que a formação de preços internos e a geração de renda para o segmento produtivo passam pelas vendas externas, e os investimentos públicos e privados são necessários”, argumentou.

Henrique Dornelles criticou o controle de inflação estabelecido pelo governo, por meio do produtor rural, com a venda de estoques públicos, enquanto os custos de produção possuem altíssima carga tributária e total descontrole, inclusive no caso daqueles de domínio do governo. “Estamos presenciando um cenário preocupante, de uma margem muito apertada entre custos que não param de subir enquanto o preço ao produtor sofre interferência do governo”, afirmou.

Para o dirigente, os rizicultores devem fazer sua parte, buscando ganhos em escala por meio da produtividade e alternativas seguras de produção, mas evitando ampliar a área cultivada de arroz de forma a manter a estabilidade da oferta, estratégia que vem dando certo nas duas últimas safras. “A recuperação das barragens e o clima tendem a ser favoráveis nesta safra, então é o momento do agricultor demonstrar sua capacidade de gestão da lavoura e da oferta”, disse. Por fim, o presidente da Federarroz sugeriu que o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) adote um protocolo padrão para a transferência de tecnologia de produção de arroz aliada a facilidades e preferência, pelos países e estados beneficiados, pela compra do arroz gaúcho.

1 Comentário

  • E O PORTO DE RIO GRANDE SENHORES POLÍTICOS GAUCHOS E REPRESENTANTES DE CLASSE orizícola QUANTO RECEBERÁ??? … NADA!!!??? VOCÊS NÃO ACHAM QUE ESTAMOS FICANDO PARA TRÁS??? PORQUE TANTO DINHEIRO PARA OS OUTROS PORTOS??? PORTO DO PARÁ – AUMENTO DA CAPACIDADE EM 490%… Leiam a matéria abaixo : E O RS??? SINTO VERGONHA DESSE ABANDONO…

    Grãos – Portos do Pará terão capacidade para grãos aumentada em 490%, diz governo

    Data: 30/9/2013

    Os portos do Estado do Pará terão sua capacidade para grãos elevada em 490%, segundo prevê o governo federal. A modernização das unidades compõe o programa de infraestrutura que pretende modernizar o sistema logístico do país e também ampliar a oferta de rotas alternativas para escoamento da produção de grãos, afirma a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

    “Serão mais de 12 milhões de toneladas de capacidade, um aumento de 490%”, disse Hoffmann durante rápida passagem por Mato Grosso. A ministra participou, em Sinop (MT), de evento da Aprosoja Brasil e que simbolizou o início do plantio da safra de soja 2013/14. Segundo ela, serão construídos um novo terminal no Porto de Santarém, um em Vila do Conde e outros três terminais para grãos em Outeiro.

    Outros Portos, como o de Santos (SP) e do Paranaguá (PR), vão receber novos investimentos. “A capacidade para grãos no Porto de Santos será aumentada em quase 77%, com investimentos de R$ 473 milhões nos arrendamentos de grãos para os portos. Serão 11 milhões de toneladas adicionais de capacidade. A licitação desses arrendamentos deve acontecer ainda em dezembro”, sinalizou a ministra-chefe.

    Já em Paranaguá terá sua capacidade ampliada em 28,5 milhões de toneladas, com quase R$ 1 bilhão de investimentos, diz a ministra.

    Ainda em Mato Grosso, a ministra disse que a previsão é publicar ainda em dezembro os editais de licitação para os Portos de Santos e do Pará.

    Fonte: Agrodebate

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