Perspectiva de boa demanda eleva preço do arroz no Brasil

A expectativa para 2014 é que as vendas para países africanos e do Oriente Médio aumentem, ainda mais.

A forte desvalorização do real frente ao dólar, que ocorre desde maio de 2013, tem favorecido o aumento das exportações do arroz brasileiro. "Além disso, alguns acordos com governos de outros países também melhoram a expectativa de bons preços para 2014", aposta o analista
de SAFRAS & Mercado, Eduardo Aquiles.

No momento, a cotação média no Brasil está demonstrando, justamente, essa projeção de demanda significativa, pois, no caso do Rio Grande do Sul, que é o principal referencial de preços para o país, a cotação atual aponta valorização significativa, se comparado com mesmo período do ano passado.

Contudo, em algumas regiões do país ainda se observa redução frente ao início de 2013, influenciado por fatores locais. O ano comercial 2013-14 (março-fevereiro) teve, no início, ligeiro  superávit comercial, que logo foi superado, apresentando, de abril a julho, quatro meses de déficit na balança, acumulando 175,4 mil toneladas negativas.

"Entretanto, a escalada do dólar diante do real, iniciada em maio do ano passado, somada à redução da oferta no Mercosul no pós-colheita, diminuiu a pressão sobre os preços, favorecendo o aumento das vendas ao exterior", explica o analista. Assim, de agosto a dezembro o saldo da balança teve uma reviravolta, apontando superávit de 189,8 mil toneladas.

No ano comercial 2012-13, o principal destino do produto brasileiro foi a África, com 65% do total exportado no período, seguido das Américas (28%) e Europa (7%). Porém, no acumulado de 2013-14, as Américas têm sido o principal destino, com 48% do total, seguidas da África (41%), Europa (10%) e Oriente Médio (1%).

A expectativa para 2014 é que as vendas para países africanos e do Oriente Médio aumentem, ainda mais já que Nigéria e Iraque fecharam acordos de compra do cereal brasileiro no final de 2013, o que deve ter influenciado para a forte valorização do período.

Diante do cenário atual, o preço médio pago no Rio Grande do Sul, de R$ 36,30 por saca de 50 quilos do cereal em casca no dia 21 de janeiro, já apresentava elevação 0,4% em relação à semana anterior, quando estava a R$ 36,15. Agora, se comparado com um mês atrás, quando estava a R$ 36,33, a cotação está 0,1% abaixo. E 6,3% acima do valor pago há um ano, que era de R$ 34,15 por saca.

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