Movido a mercado

Exportar é preciso para
quem almeja ser protagonista no
mercado internacional.

Há 10 anos, quando produzia 6 milhões de toneladas de arroz, o arrozeiro gaúcho sabia que os preços ao longo do ano mal pagariam os custos de produção. Era uma procissão de lideranças de chapéu na mão para sensibilizar o governo federal. Hoje, quando o Rio Grande do Sul poderá ultrapassar os 8,2 milhões de toneladas, quase 30% a mais, o Brasil indica a autossuficiência com 12,35 milhões de toneladas, e isso não chega a preocupar.

Isso porque mudou a dinâmica de mercado desde que o Brasil ousou exportar e reduzir, com isso, a pressão gerada pelas importações. Se o objetivo era exportar 10% da safra gaúcha, hoje se exporta quase 15% e a balança comercial do arroz tem superávit. A produtividade cresceu com a tecnologia, mas o mercado interno dá sinais de saturação. O que falta agora é estabilidade nesta demanda internacional, de estrutura logística e, principalmente, de um câmbio favorável. Não basta conquistar clientes, é preciso mantê-los.

Nos últimos dois anos, o governo federal foi um parceiro importante. Quando pediram, ajudou com mecanismos de opção. Quando solicitaram, ajudou a destravar barreiras comerciais e sanitárias, e também reduziu seus estoques. E só interveio no mercado quando houve segurança de não derrubar os preços. Além disso, foram criadas compensações tributárias que reduziram as assimetrias com o Mercosul. O arroz é sinônimo de segurança alimentar. Mas, para a cadeia produtiva, longe das ideologias, é movido a mercado e renda!

Que a temporada 2014/15 assim seja!
Boa leitura!

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