Rede Brasil Arroz

 Rede Brasil Arroz

Pesquisa retrata a evolução das relações setoriais com o mercado do cereal
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O território brasileiro está dividido em 558 microrregiões geográficas, das quais, em 2012, apenas 153 não produziram arroz. Este cereal no Brasil possui um duplo perfil de produção, a irrigada e a de terras altas (anteriormente denominada arroz de sequeiro). O cultivo irrigado é dividido em arroz irrigado subtropical (Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e tropical, principalmente no Tocantins, Maranhão e região do Baixo São Francisco (AL e SE).

Na safra 2012/13, o arroz irrigado respondeu por 87% da produção nacional, sendo 10% do arroz irrigado tropical produzido no Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Roraima, Goiás, Ceará, Piauí, Maranhão, Sergipe e Alagoas. A produção oriunda dos sistemas irrigado tropical e de terras altas é importante para complementar a produção do arroz irrigado subtropical e garantir a autossuficiência no abastecimento interno.

Neste contexto, o projeto liderado pela Embrapa Arroz e Feijão, denominado Rede Brasil Arroz – RBA, iniciado em 2011, teve como premissa buscar o equilíbrio em termos de qualidade do arroz produzido nas diferentes regiões e sistemas e na transferência de práticas sustentáveis. A RBA realizou alianças estratégicas com instituições públicas e privadas e organizações representativas de segmentos da cadeia produtiva do arroz para consolidar uma rede de transferência de tecnologia para a orizicultura nacional.

Segundo o coordenador Carlos Magri Ferreira, da Embrapa Arroz e Feijão (GO), a estratégia central foi focada no envolvimento de oito elementos principais: produtor; assistente técnico público ou privado; poder público; existência de um ambiente ideal para transferência de tecnologia; conhecimentos sistematizados e tecnologias disponíveis para serem transferidas por meio de canais e aparatos pedagógicos adequados; envolvimento institucional local; políticas públicas para incentivar e apoiar a orizicultura; e produtores motivados e aptos para adotarem conhecimentos.

“A estratégia da Rede Brasil Arroz, de atuar com um forte enfoque regional e em sistemas de produção, mostrou-se eficiente na construção da rede de transferência de tecnologia e no fortalecimento de organizações públicas e privadas, que se tornaram mais efetivas e participativas nas instâncias que agregam os atores da cadeia produtiva”, destaca Magri. Segundo ele, observou-se também que neste processo ocorreu com legitimidade a recuperação e constituição de relações mais sólidas entre a Embrapa Arroz e Feijão e instituições públicas e privadas com atuação direta e indireta e com interesse no desenvolvimento da orizicultura nacional.

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