Testado e aprovado
Arroz gaúcho está completamente livre de agrotóxicos e contaminantes
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A notícia é para ser comemorada: o arroz produzido nas lavouras do Rio Grande do Sul é completamente livre de resíduos de agrotóxicos e contaminantes. Este é o resultado da mais recente avaliação anual realizada em laboratórios credenciados do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes.
Este programa integra o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal), sob o controle do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os testes são anuais e por amostragem. Em 2014, referente à safra 2012/13, o arroz gaúcho também passou ileso na testagem oficial.
Das 17 amostras do ano-safra 2013/14 analisadas pelos laboratórios oficiais, todas apresentaram conformidade com as normas estabelecidas pelo governo brasileiro com base na legislação internacional. Não foi constatada a presença de resíduos de agrotóxicos não autorizados ou de resíduos de agrotóxicos e contaminantes acima dos limites máximos permitidos pela lei.
Estes resultados reforçam os argumentos dos operadores de negócios e indústrias para a exportação do cereal gaúcho ao mesmo tempo em que favorecem a busca de acordos fitossanitários para fortalecer as vendas externas.
As entidades estaduais, capitaneadas pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), com base nessa demanda internacional e o bom retrospecto nos testes do PNCRC, estudam a criação de um selo de qualidade do arroz gaúcho. Atualmente, a indústria de arroz parboilizado nacional já conta com um selo de conformidade dos processos utilizados que é referencial.
Henrique Osório Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), afirma que o resultado já era esperado, uma vez que os produtores respeitam as carências indicadas pelos fabricantes e aplicam produtos autorizados. “O cereal gaúcho tem qualidade visual e sensorial e é extremamente saudável. Atualmente, indústrias de diversos estados utilizam o artifício de misturar o arroz gaúcho para qualificar produtos de outra origem”, afirma.
Para Dornelles, produzir dentro das restrições da lei brasileira, sem o acesso a defensivos e insumos genéricos, como é usual nos principais países concorrentes, é mais caro e exige mais trabalho, o que deveria ser valorizado pelos empresários do varejo. Isso, ainda segundo o dirigente, se deve à consciência do arrozeiro gaúcho de que é um produtor de alimentos.
QUESTÃO BÁSICA
Em todo o Brasil, 91,30% das amostras analisadas estão dentro dos índices de conformidade permitidos pela legislação vigente do PNCRC/Vegetal. Por solicitação das entidades gaúchas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está realizando ações no Centro e Norte do Brasil para verificar a qualidade do arroz que está sendo ofertado ao consumidor.
O objetivo é avaliar se o produto que está sendo distribuído nas gôndolas é condizente com as informações dos rótulos, uma vez que houve informações de que algumas marcas de menor expressão e de outros estados estariam vendendo arroz de tipo 2 ou 3 em embalagens e a preços de tipo 1.