Modelos climáticos indicam chances de ocorrência de El Niño em 2017
Embora a maior probabilidade agora indique para o fenômeno, ainda não é possível falar de intensidade.
Evento climático pode ser observado já a partir do mês de maio, caso ele seja registrado. Ainda não é possível saber a intensidade do El Niño. No Brasil, produtores devem estar atentos à safra de verão. Em anos com a ocorrência no fenômeno, chuvas aumentam na região Sul e reduzem no Norte e Nordeste. Temperaturas ficam elevadas em todo o país.
De acordo com Renata Tedeschi, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos/Inpe, a última análise feita a partir de modelos climáticos e divulgada pelo IRI indica a incidência maior que 60% para a ocorrência de um El Niño a partir do trimestre maio-junho-julho. Uma outra análise divulgada no início do mês já indicava a probabilidade de 50% para o trimestre julho-agosto-setembro.
Embora a maior probabilidade agora indique para o fenômeno, ainda não é possível falar de intensidade. Na meterologia, a ocorrência do El Niño se caracteriza pela continuidade das anomalias por cinco trimestres consecutivos. Quando a temperatura do Oceano Pacífico está 0,5ºC acima da média histórica, o fenômeno já começa a ser identificado – a partir daí, observa-se como os modelos estão se comportando para indicar a presença.
Caso ocorra, o El Niño deverá trazer temperaturas altas para todo o Brasil, com aumento de chuva na região Sul e diminuição de chuvas nas regiões Norte e Nordeste. As regiões Centro-Oeste e Sudeste, como explica Tedeschi, são de baixa previsibilidade, logo, o El Niño não tem um padrão definido nessas regiões.
Com o El Niño, os padrões de chuva devem ficar mais pronunciados a partir do mês de setembro – uma vez que o fenômeno, normalmente, ocorre de agosto de um ano até julho do outro. Logo, os produtores devem ficar atentos principalmente à safra de verão.
3 Comentários
#aguaceironavaarzeadeles !!!!!!
Incrível, a indústria jogando contra ela mesma, pois se não plantarmos, não haverá arroz para a própria comprar !!!
Há que ponto chegamos senhores, estabeleceu-se um nível de confronto que alguns industriais preferem se arrebentar junto com os produtores do que ve-los em um situação melhor.
Mas nâo se esqueçam srs. industriais, aí seu Antonio Paulo, estamos nos mexendo, o México já nos abriu suas fronteiras, exportação casca, portanto se preparem para importar todo o arroz do MERCOSUL se quiserem manter suas industrias em funcionamento. El Nino atinge todos os países produtores.
Todos sabem que Uruguai, Argentina e Paraguai estão com as mesmas dificuldades, ou maiores que as nossas, estão reduzindo drasticamente suas áreas e voltados a mercados mais promissores que o brasileiro.
Nada pior para todos que ganância unilateral.
Bom dia.
Ano de El Nino , com previsão antecipada, é propício para planejar a soja e escolher melhor lugar onde posicionar tanto ela quanto o arroz . Lavoura de arroz ja começando planejamento e tratos para antecipar preparo e plantio (não há problema de reduzir um pouco para garantir manejo adequado) e soja longe de áreas de enchentes e de ciclo médio ou precoce (pouca chance de veranicos prolongados) para colher cedo e capitalizar o fluxo de caixa no final de março início de abril. Dá certo para muitos. Cada um na sua realidade e possibilidade pode contribuir para dimunuir oferta na colheita e este pico de baixa excessivo, como agora.
Bons negócios!