Preços domésticos do arroz seguem em recuperação gradual

No mercado de beneficiado, a alta verificada em São Paulo é de 2,9% em relação a igual período do mês passado.

Os preços do arroz em casca seguem demonstrando sinais de recuperação no mercado doméstico. Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos do grão em casca era cotada a R$ 39,76 no dia 14, acumulando alta de 2,2% em relação a igual período do mês passado Na comparação com o mesmo período do ano passado, contudo, apresentava queda de 4,03%.

Conforme o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento, a recuperação mensal pode ser creditada ao encerramento da colheita, à desvalorização do real em relação ao dólar e à alta expressiva do arroz em casca nos Estados Unidos. No mercado de beneficiado, a alta verificada em São Paulo é de 2,9% em relação a igual período do mês passado.

“As paridades continuam garantindo espaço para leves recuperações das cotações”, lembra Bento. No beneficiado, o custo médio de importação dos três países do Mercosul está em R$ 64,71 por fardo de 30 quilos no CIF de São Paulo. Esse preço supera a indicação para o produto nacional (R$ 62,75/fardo) em 3,12%. “Na paridade de exportação, tendo como base o arroz norte-americano, o contrato spot de arroz em casca em Chicago está 0,28% acima da média do Rio Grande do Sul”, acrescenta.

O volume do arroz estocado por empresas privadas no Brasil até o último dia de fevereiro deste ano era de 408 mil toneladas. Deste, total 357,61 mil toneladas são correspondentes ao arroz em casca e 34,29 mil toneladas são de arroz beneficiado, com equivalente em casca de 50,41 mil toneladas. É o que revela a Pesquisa de Estoques Privados de Arroz, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgada no dia 9.

O valor declarado neste ano é 52,83% inferior ao informado em 2016, quando o estoque privado registrado foi de 864,99 mil/t. Ao todo, foram enviados boletins para 2.446 unidades participantes, sendo 2.212 para o Rio Grande do Sul e 234 para Santa Catarina. A taxa de resposta neste ano ficou em 12%.

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