Alta nos fretes pode dar força para entrada de arroz no Brasil

A alta nos preços dos fretes acaba dando força para que os países vizinhos, exportadores do cereal, voltem a entrar com mais força no mercado brasileiro.

O mercado de arroz segue sem novas negociações nesta semana. “Assim como os demais mercados agrícolas, os negócios não deverão ocorrer sem que haja uma revisão na tabela de preços mínimos estipulados para os fretes no país”, pondera o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Castagnino Viana.

A tabela oficializada pelo governo para que houvesse o fim das greves dos caminhoneiros acabou trazendo diversos novos problemas para muitos setores da economia. “Em muitos trajetos os preços tabelados se encontram com valores entre 30% até 50% superiores aos que eram praticados anteriormente à aplicação da tabela”, exemplifica Viana.

Conforme o analista, a alta nos preços dos fretes acaba dando força para que os países vizinhos, exportadores do cereal, voltem a entrar com mais força no mercado brasileiro, “tendo em vista o encarecimento do produto no mercado doméstico”.

Ainda assim, os preços do arroz seguem com viés positivo para o médio e longo prazos. A boa demanda para exportação ganha ainda mais força com a forte desvalorização do câmbio que vem ocorrendo nas últimas semanas – mesmo com a correção desta sexta-feira. O dólar chegou a atingir o patamar de R$ 3,9680 durante a sessão desta quinta-feira.

Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos do grão em casca era cotada a R$ 37,86 nesta quinta-feira, ante R$ 37,26 no dia 30 de maio. Corresponde a um avanço de 4,56% em relação a igual período do mês anterior – quando valia R$ 36,21. Na comparação com igual momento do ano passado, a retração ainda é de 3,69% – quando era cotada a R$ 39,31.

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