Exportações e consumo interno mantém firme o mercado do arroz

 Exportações e consumo interno mantém firme o mercado do arroz

Lavoura Arroz

Preocupação é com as frequentes chuvas de baixo volume e descapitalização dos produtores.

O mercado do arroz vem reagindo positivamente nas últimas três semanas com variações bastante acentuadas, refletindo a expectativa de baixos estoques de passagem. Em 28 de fevereiro próximo, o quadro de oferta e demanda está projetando 400 mil toneladas de estoque, o que significa menos de 15 dias de consumo. O setor espera que até o primeiro trimestre de 2019 o mercado esteja firme. O produtor terá tempo para planejar bem a venda do arroz que já está colhido e guardado, até porque, segundo o Cepea/Esalq, o preço sequer superou o custo total calculado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de R$ 43 a R$ 48 a saca de 50 quilos, dependendo da região.

As exportações do cereal, por sua vez, se fortaleceram com o aumento do dólar. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, destaca que desde dezembro de 2017, muito antes do dólar interferir significativamente, já estava ocorrendo o embarque do arroz excedente de 28 de fevereiro de 2018, o que continuou durante o início do ano. “Também muito antes da moeda norte-americana interferir, as importações reduziram-se substancialmente, e, claro, que com a subida do dólar, diminuíram ainda mais o seu ímpeto, ou seja, estamos consumindo muito mais arroz no mercado doméstico, assim como exportando. E tudo isso vai se refletir no estoque de passagem significativamente menor”, enfatiza.

Dornelles lembra que houve um ligeiro aumento da demanda após o fim da forte recessão do ano passado que influenciou no consumo de arroz. “Esse ano já houve uma melhora da economia e isso também desencadeou um aumento maior do consumo interno de arroz, aliado com a redução das importações”,observa.

O dirigente coloca também que não há qualquer risco de desabastecimento. Mas o que preocupa sim, segundo Dornelles, é a chuva de pouco volume que prejudica o preparo do solo e não ajuda a encher as barragens. “O preparo do solo está bastante atrasado em relação aos outros anos e as barragens também estão bem aquém daquilo que se esperava para a época do ano. Claro que esta situação pode mudar significativamente e positivamente, mas ainda depende de uma mudança do clima. Os atrasos podem levar a uma baixa produtividade na próxima safra e à queda de estoques, o que seria muito preocupante, uma vez que os produtores estão descapitalizados e desmotivados devido aos dois anos de preços muito ruins e não remuneradores”, afirma.

O presidente da Federarroz salienta que em todos os estados há uma tendência de queda nas áreas plantadas, inclusive no Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz, o que reflete a baixa rentabilidade da cultura em relação às demais. “Os custos de produção, principalmente os controlados pelo governo, como energia elétrica e diesel, não têm permitido aos produtores a realização de lucro”, sinaliza, alertando que, apesar do arroz ser considerado básico à alimentação da população brasileira e que haverá uma forte elevação dos preços ao consumidor, o orçamento das famílias terá modesto impacto pelo rendimento do cereal nas refeições, ainda representando bem menos de R$ 0,50 por prato.

6 Comentários

  • Estão lançando isca em cima de isca para ver se a expectativa de planta de arroz melhora e o preço despenque de vez! No Cepea já caiu R$ 0,50 essa semana… Só os otários não enxergam o que as notícias otimistas influenciam no mercado… notícia não é preço. Tinhamos que estar vendendo nosso arroz a R$ 50 já agora para assim vislumbrarmos um mercado positivo. Mas não, governo e indústria insistem na tese de arroz e feijão barato seremos eleitos! hipocresia pura…

  • Sempre achei uma piada de mau gosto quando determinados ‘experts’ falavam ou ainda falam em consumo decrescente ou estagnado para o arroz. Não é concebível que um ser pensante com pelo menos dois ou três neurônios possa fazer uma afirmação desta. O Brasil é imenso com um número incalculável de nascimentos por dia, sendo o arroz um alimento básico fornecido as crianças na mais tenra idade, como o consumo nacional pode estar estagnado se a população cresce diariamente com uma velocidade exponencialmente vertiginosa ????? A irracionalidade e os interesses escusos parecem serem também crescentes nas mentes de determinadas pessoas e ditas ‘entidades’ governamentais, ONGs, indústrias e etc que lançam inverdades para a mídia com o objetivo óbvio de levarem vantagens financeiras encima de uma população carente de informações!!!

  • Não resta outra alternativa a nós arrozeiros senão acreditar nessa tese de retração no consumo, e para equilibrar o jogo só nos resta a redução de área plantada de arroz. Esta é a solução.

  • Pois é seu Carlos o aumento dos consumidores é exponencial, mas não sabemos no futuro próximo, se esses consumidores vão ter condicões de de adquirilo. Sim pq a poucos dias houve uma palestra em São Paulo de cibernética robótica, onde já existe nos E.U.A. caminhões 100% robo fazendo transportes de carga, imagine no mundo são mais de 400 milhões de pessoas q fazem esse transporte. Tem portos tbm robotizados pra carregamento de containers. A volksWaguem já tem pelo menos algumas montadoras totalmente robotizadas. A Amazom adquiriu 75 mil robos pra embarque de encomendas e despediu 150 mil pessoas. Não para por ai, pois ja existe impressoras 3D pra construcão de casas, imagine o q seria da construcão civil e tem mais robos que preparam mais de 1200 tipos de pratos culinários, quem quise é só pesquisar na internet e encomendar pra si. Uber já está ai, é questão de tempo pra ser robotizado. Pensem q a vinte anos atrás o celular era um tijolão, o q é hoje.

  • Resumindo, a humanidade está a perigo. As ONG ambientalista cegam as pessoas pra desviarem das verdadeiras ameacas, Temos q ter muito cuidados com politicos q articulam em detrimento do próximo pra continuarem no poder.Sds.

  • O exemplo é a Venezuela

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